Transparência: Câmara e Senado divulgam pesquisa sobre redes sociais e fake news

As ouvidorias da Câmara e do Senado realizaram, em outubro, pesquisa nacional de opinião pública para conhecer quais redes sociais os brasileiros mais usam e como se comportam em relação às notícias falsas (fake news). O levantamento e o processamento dos dados foram feitos pelo DataSenado. Foram entrevistados 2.400 cidadãos de todos os estados. A pesquisa também abordou temas acerca da privacidade de dados na internet.

Os resultados da pesquisa, que serão discutidos em audiência pública nesta quinta-feira, dia 12 de dezembro, indicam que as fontes de informação de uso mais frequente, nesta ordem, são: Whatsapp, televisão, Youtube e Facebook. Em seguida aparecem os sites de notícias, Instagram, rádio, jornal impresso e Twitter. O público mais jovem tem utilizado menos a televisão e mais as mídias digitais, como Youtube e Instagram.

Os resultados indicam que os brasileiros acreditam que os conteúdos nas redes sociais têm grande influência sobre a opinião das pessoas, e 45% dos entrevistados indicaram que informações vistas em redes sociais influenciaram a decisão de voto nas eleições. O público jovem usa mais as redes sociais e também dá mais valor a informações nesses meios para sua decisão de voto. Ao mesmo tempo que as redes sociais diversificam as fontes de informação para os cidadãos, para 90% dos entrevistados, esses meios também deixam as pessoas mais à vontade para expressar opiniões preconceituosas.

Fake News
De cada 10 brasileiros, 8 já identificaram fake news nas redes sociais e 82% afirmaram verificar se uma informação é verdadeira antes de compartilhá-la. Esse percentual de pessoas que verificam as informações é crescente conforme aumenta o grau de escolaridade dos entrevistados. Os resultados da pesquisa indicam que praticamente a metade dos brasileiros acha difícil identificar notícias falsas em redes sociais. Os veículos de comunicação como televisão e jornais possuem maior credibilidade do que as informações de redes sociais para a grande maioria dos cidadãos, porém brasileiros de menor escolaridade se dividem nessa percepção.

“Já se sabe que é cada vez mais amplo o espaço onde os cidadãos se informam. O que precisamos é atuar para que as pessoas tenham segurança sobre as informações que recebem  e estejam conscientes da responsabilidade que é disseminar informações e dos prejuízos que podem ser causados com o compartilhamento de notícias falsas”, avalia o deputado federal Roberto de Lucena, secretário de Transparência da Câmara dos Deputados e autor de um PL que criminaliza a disseminação de fake news.

Os resultados completos da pesquisa estão disponíveis na página da dados da ouvidoria parlamentar da Câmara.

Audiência pública
Nesta quinta-feira (12), os resultados da pesquisa serão avaliados na audiência pública “A influência das mídias digitais sobre a sociedade brasileira”. Especialistas na área de regulação da internet no Brasil vão avalizar os riscos e os benefícios do uso das mídias digitais para a formação da opinião pública e o funcionamento da democracia. O evento será realizado no plenário 11, no anexo II da Câmara, das 9h às 12h. Também será transmitido ao vivo pela internet, com sala interativa, na página do projeto eDemocracia.

Entre os convidados para o debate estão a professora Laura Schertel Ferreira Mendes  (UnB e IDP); o conselheiro da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) Marcelo Bechara; o diretor de Relações Políticas e Governamentais do Google Brasil, Marcelo Lacerda; a gerente de políticas públicas do Facebook, Marisa Guise Rosina; o diretor-executivo do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio, Fabro Steibel; e o diretor do Departamento de Banda Larga do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; Artur Coimbra.

Com informações da Agência Câmara

Foto: Pedro França – Agência Senado

 

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