Roberto de Lucena sugere cotas para idosos nas universidades federais

Deputado federal apresentou indicação ao Ministério da Educação com o objetivo de ampliar a qualificação e o número de profissionais da melhor idade no mercado de trabalho

O deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP) apresentou, nesta segunda-feira (06/02), a indicação nº 2455/2012, que propõe ao Ministério da Educação a criação de cotas nas universidades federais para maiores de 60 anos de idade.

Para o deputado, a medida que objetiva a qualificação profissional e inserção de pessoas da melhor idade no mercado de trabalho também deve se estender aos estabelecimentos vinculados ao MEC, como centros e institutos da rede federal de educação profissional, científica e tecnológica.

“O que desejamos nesta oportunidade é dar um passo adiante e propor mais uma iniciativa de ação afirmativa a somar-se a todas aquelas já postas em prática pelo governo federal e com tão bons resultados, a ponto de modificar totalmente o panorama educacional de nosso país, no que concerne à abertura de chances de futuro digno para amplas camadas excluídas de brasileiros”, sugere o deputado.

Como base para a indicação, Roberto de Lucena demonstrou dados do SESC/ SP divulgados pela COBAP (Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas). “Cerca de 50% da população idosa no Brasil, com idade acima de 60 anos, possui apenas o ensino fundamental, ou seja, cursou somente do 1° ao 9° ano. Com relação ao ensino médio, apenas 26% das pessoas idosas conseguiram completar. Por fim, somente 12% da população idosa no Brasil concluiu o ensino superior, ou seja, alcançou o diploma universitário. A baixa escolaridade limita o usufruto de bens e produtos culturais, impede uma boa carreira profissional, reduz os salários e limita também a defesa dos próprios direitos. Isso se constitui num dos principais fatores de exclusão social”, justificou.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que até 2025  o Brasil se tornará o sexto país mais envelhecido do mundo e que em 2020 um em cada 13 brasileiros será idoso. “Por isso, faz-se necessário um olhar diferenciado para que políticas públicas sejam ampliadas em relação a este segmento de nossa população” disse o deputado.

 

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