Deputado relembra infanticídio no Dia Internacional dos Povos Indígenas

Por motivos culturais, o assassinato de crianças indígenas é tolerado no Brasil

Por motivos culturais, o assassinato de crianças indígenas é tolerado no Brasil

No dia 09 de agosto, quando se comemora o Dia Internacional dos Povos Indígenas, o deputado federal Roberto de Lucena fez discurso na Câmara Federal denunciando mais uma vez a situação de violência a qual são submetidas centenas de crianças indígenas no Brasil.

O parlamentar declarou que no Brasil os defensores da causa indígena têm poucos motivos para comemorar. “Infelizmente, a violência contra as crianças é uma marca triste da sociedade brasileira. No caso das crianças indígenas, o agravante é que elas não podem contar com a mesma proteção com que contam as outras crianças, pois a cultura é colocada acima da vida e suas vozes são abafadas pelo manto da crença em culturas imutáveis e estáticas”, afirmou.

Roberto de Lucena citou o antropólogo Ronaldo Lidório, que tem denunciado assassinatos de crianças nas comunidades indígenas. “As organizações que supostamente defendem os direitos indígenas são deliberadamente omissas em relação à violência sofrida por centenas de crianças, muitas delas assassinadas de forma cruel”, afirmou o deputado federal.

Ele citou ainda a matéria da Revista VEJA de 15 de agosto de 2007 que aborda o infanticídio indígena e traz uma visão favorável à ação de missionários que têm se colocado contra a prática de assassinato de crianças por motivos culturais em comunidades indígenas.

“Nós devemos dizer que eles não estão sozinhos. A vida de uma criança indígena não vale menos do que a vida de uma criança não-indígena. E apenas uma única vida vale infinitamente mais do que qualquer patrimônio cultural. Os que dizem o contrário estão afirmando que práticas terríveis devem ser preservadas se forem antigas demais”, afirmou o deputado.

“Por isso, convoco a sociedade e os seus representantes no Congresso Nacional, no governo, nas igrejas e entidades de defesa dos direitos humanos, a se juntar a nós na missão de lutar pela defesa da vida das crianças indígenas no Brasil”, finalizou Roberto de Lucena.

 

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