Deputado quer informações do Ministério da Saúde sobre casos de tuberculose

Por meio do Requerimento nº 1341/2011, o deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP), quer que a Câmara solicite informações ao Ministério da Saúde para esclarecimento sobre os casos de tuberculose no País.

Roberto de Lucena, que é vice-líder do Partido Verde na Câmara, quer saber qual a real situação da doença no Brasil, sua incidência geográfica e grupos de risco. Além disso, o deputado pretende receber informações sobre quais as medidas preventivas e de tratamento que estão sendo realizados pelo Ministério.

De acordo com Roberto de Lucena, a grande imprensa noticiou graves e preocupantes problemas relacionados ao crescimento de casos de tuberculose resistentes ao tratamento convencional. Segundo o noticiário, o problema, causado por bactéria imune aos antibióticos comuns, afeta principalmente a 22 dos 46 países da África. E o Brasil seria uma das 69 nações afetadas por esta epidemia.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o número de casos de tuberculose resistente a medicamentos (identificada pela sigla MDR-TB) é muito maior do que o conhecido hoje. Haveria um verdadeiro iceberg de tuberculose resistente a tratamento. Os dados disponíveis estariam mostrando uma pequena parcela desse problema no universo da epidemia da doença no mundo, em especial na África. É bom que se frise que o número de novos casos de tuberculose no mundo está caindo devagar, em torno de 1% ao ano.

A OMS estima que só 12% (30 mil) dos casos dessa versão da doença foram reconhecidos em 2009. Menos de 5% receberam tratamento adequado.

A preocupação é ainda maior quando se sabe que a maioria dos países não tem informações sobre a tuberculose resistente e que os altos custos do tratamento alternativos podem inviabilizar os programas de controle de tuberculose e fazer explodir de vez uma grande epidemia no planeta. O tratamento é feito com drogas mais caras, mais tóxicas e por mais tempo – até dois anos, em vez dos usuais seis meses. Estima-se que tais medicamentos custam de 50 a 200 vezes mais do que os utilizados normalmente.

Em 2009, cerca de 3% dos novos casos de tuberculose eram de MDR-TB. Os dados mais recentes, de dezembro de 2010, informam que o Brasil está entre os países que tiveram casos de MDR-TB.

“Por essa razão, é fundamental que o Congresso Nacional e a sociedade brasileira estejam informados sobre a questão da tuberculose no Brasil, particularmente, diante do alerta feito pela OMS, sobre o quadro da tuberculose resistente a medicamentos”, concluiu Lucena.

 

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