Roberto de Lucena qualifica corrupção como crime hediondo

O deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP) voltou a falar nesta terça-feira (17), de forma severa na tribuna da Câmara dos Deputados, sobre os casos de corrupção que assolam os órgãos públicos federais. De acordo com o vice-líder do Partido Verde na Câmara, a corrupção é covarde, predadora e perniciosa. “Ela deve ser eleita aqui nessa Casa como inimiga número um de todos nós e inimiga número um do Brasil”, disse o parlamentar.

Roberto de Lucena disse ainda que a corrupção sequestra recursos que deveriam estar sendo destinados para a educação, a saúde, a segurança pública, os programas sociais, e os coloca a serviço de alguns. “A corrupção é imoral! Ela deve ser tratada como crime hediondo e inafiançável pelos danos terríveis que impõe a tantos”, propõe.

Afirmando que nenhum governo, partido ou grupo está livre da possibilidade de, internamente, enfrentar práticas imorais dentro de suas fileiras, o parlamentar elogiou as ações do governo federal diante da crise.

“Nesse ponto, quero fazer um reconhecimento à postura da nossa presidenta da República. A presidenta Dilma tem sido para mim, em muitos aspectos, uma grata surpresa. Eu a aplaudo por seu comportamento sério diante das denúncias que têm sido apresentadas contra pessoas e órgãos ligados à administração federal”, elogiou.

O deputado também registrou seu reconhecimento à grande contribuição dada pela imprensa nesse processo de passar o Brasil a limpo, e fez um chamamento aos colegas deputados. “Essa Casa precisa dar à presidenta Dilma todo o apoio, todo o respaldo político, a fim de que seja garantida a condição necessária à estabilidade do governo e do País, que se vê diante de grandes desafios. Desafios estes que demandarão de enorme esforço, como a crise econômica mundial que cresce e se fortalece a cada dia”, conclamou.

Sobre o movimento que propõe a CPI da corrupção, Roberto de Lucena fez um alerta. “De onde vem essa proposta? Qual a motivação? O que se pretende? Não é hora para oportunismos. Nosso enfrentamento à corrupção deve ser feito com a responsabilidade e a  consciência quer o tema exige. O momento é de união”, refletiu Lucena.

Para encerrar o pronunciamento, o vice-líder do PV citou a oração do candango José Silva Guerra, em 22 de abril de 1959, gravado para sempre num espaço, somente agora descoberto, no teto do Salão Verde da Câmara dos Deputados: “Que os homens que aqui vierem tenham compaixão dos nossos filhos e que a Lei se cumpra!”.

 

Link para o vídeo do pronunciamento:

http://www2.camara.gov.br/atividade-egislativa/webcamara/aoVivoSinais?codReuniao=26644

 

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