Deputado federal quer saber se há alguma investigação ou monitoramento sobre prática de transmissão do vírus da AIDS em festas homossexuais
O deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP) entrou com os requerimentos 1541 e 1542/2011, solicitando aos Ministérios da Justiça e da Saúde informações sobre uma prática que vem assustando as famílias brasileiras. Trata-se do ‘bareback’, que consiste em festas que promovem o relacionamento sexual entre homossexuais sem o uso de preservativos.
Segundo o deputado, nos últimos anos tem sido divulgada com grande frequência a prática do “bareback” entre grupos homossexuais em nosso país. “O fato poderia passar despercebido se não fossemos surpreendidos recentemente com a notícia do aumento de 10,1% no número de casos de AIDS entre homossexuais de 15 a 24 anos, segundo dados do Boletim Epidemiológico Aids/DST, publicados no final de novembro de 2011 pelo Ministério da Saúde. Sendo assim, é possível pensar numa correlação entre o aumento do caso de AIDS e a prática do bareback”, apontou.
Uma das matérias mais chocantes, de acordo com o deputado, foi publicada pela Revista Isto É Independente (Edição 1719) sob o título “Pacto Mortal”, onde informa que “O bareback, prática do sexo sem camisinha para contrair o HIV, encontra adeptos no Brasil, inclusive com sites para encontros”.
Recentemente, TV Bandeirantes, no Programa “A Liga”, mostrou uma reportagem sobre festas “bareback” entrevistando pessoas adeptas à prática.
Na ferramenta de buscas da internet facilmente encontram-se sites promovendo ou divulgando festas e encontros para que se realize a contaminação com o vírus HIV. “Há inclusive informações que em algumas destas festas, em seu final, é oferecida uma seringa com sangue retirado de pessoas soropositivas para que os participantes tenham a certeza que sairão do evento devidamente contaminados”, alerta Roberto de Lucena.
Diante da gravidade dos fatos, o deputado Roberto de Lucena acredita que é necessária a informação se existe nos Ministérios alguma pesquisa ou investigação sobre a prática e a promoção do “bareback” no Brasil. “Consideramos necessário ter dados precisos sobre o fato, visto que vidas estão sendo colocadas em risco, além de uma evidente ameaça à saúde pública no país. Essa prática precisa ser contida de forma eficaz, pois ela, por si só, já configura a existência de crime, mesmo que os juristas passem a divergir sobre a tipificação da conduta de alguém que, tendo consciência que está contaminado pelo vírus HIV, mantém relação sexual com outrem sem nenhuma proteção”, disse o deputado.