Roberto de Lucena manifesta repúdio à ameaça de morte por facção criminosa contra o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e cobra do governo federal o fortalecimento da segurança nas fronteiras do País

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ocupo hoje esta tribuna para expressar, em nome dos cidadãos de bem de São Paulo, Estado pelo qual fui eleito, e de todo o Brasil, total repúdio à ameaça de morte que uma facção criminosa mantém contra o Governador Geraldo Alckmin, descoberta através de longo e árduo trabalho do Ministério Público de São Paulo.
Conforme noticiado pelo jornal O Estado de S. Paulo, interceptações telefônicas mostram que, desde 2011, a facção planeja matar o Governador de São Paulo. O assassinato foi mencionado pelos bandidos em escutas recentes. Ou seja, a organização criminosa mantém ativa a ordem para matar o Governador, a quem ofereço minha total solidariedade e orações.
A deliberação assassina dos criminosos é uma afronta ao Estado Democrático de Direito, uma ameaça que se estende aos paulistas e a todos os brasileiros. Não podemos permitir que representantes eleitos pelo povo sejam ameaçados ou coagidos no exercício de suas funções. Nós precisamos reagir com todo o rigor da lei. Os criminosos identificados nas interceptações telefônicas devem ser imediatamente transferidos para o Regime Disciplinar Diferenciado, conforme o pedido urgente do Ministério Público, que também tem meu total apoio.
A investigação do Ministério Público de São Paulo resultou no maior mapeamento da história do crime organizado no País. Por meio desse raio-x, podemos constatar que tal facção representa uma ameaça nacional e deve ser combatida como tal. Segundo os promotores, a organização tem cerca de 11 mil membros em 22 Estados, além do Paraguai e da Bolívia. Além disso, o Ministério Público descobriu que a facção movimenta 120 milhões de reais por ano. Se fosse uma empresa, a facção criminosa estaria entre as mil maiores do Brasil.
Não nos enganemos: nada disso é mérito dos criminosos. A investigação do Ministério Público comprova que a organização cresce nas brechas do sistema legal. Nós precisamos endurecer o Regime Disciplinar Diferenciado e tomar medidas duras, mas necessárias.
Nós, representantes do povo no Congresso Nacional, devemos cobrar do Governo Federal que comece a cuidar ainda mais, com mais afinco, das nossas fronteiras. As armas que são usadas para matar inocentes em São Paulo e em todo o Brasil circulam por elas todos os dias.
Neste momento de teste, a nossa mensagem deve ser clara e firme: não permitiremos que o Brasil se transforme em uma nova Colômbia. Não podemos ficar de braços cruzados enquanto uma facção ordena assassinatos políticos. Nós devemos nos posicionar com firmeza contra essa nova ameaça; devemos fazê-lo agora, enquanto ainda há tempo.
Era o que eu tinha a dizer.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
Que Deus abençoe o Brasil.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – A Casa fica inteirada da denúncia do nobre Deputado Roberto de Lucena. Muito mais do que uma denúncia, uma advertência, para que a opinião pública brasileira se arregimente e, naturalmente, empreste solidariedade ao Governador de São Paulo, ameaçado por presos que, nos presídios de São Paulo, estão tentando criar intranquilidade junto ao bravo povo bandeirante.
Portanto, fica o registro feito pelo Deputado Roberto de Lucena e a solidariedade da Casa ao Governador Geraldo Alckmin.

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