Deputado Roberto de Lucena lamenta a morte do jornalista Ruy Mesquita

Roberto de Lucena lamenta a morte de Ruy Mesquita

 

O deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP) lamentou a morte do jornalista Ruy Mesquita, que faleceu na terça-feira, 21, aos 88 anos. O Doutor Ruy, como era conhecido, foi um dos remanescentes da família Mesquita no Grupo Estado, responsável pelo jornal “O Estado de S. Paulo” e outros produtos de mídia.

Com a experiência de quem foi obrigado a se exilar do Brasil aos 7 anos de idade – o pai dele, Julio Mesquita, foi perseguido político durante o regime getulista – o Doutor Ruy desde sempre entendeu o jornalismo como exercício da defesa da liberdade.

Roberto de Lucena lembrou que, embora tenha dado apoio inicial à “Revolução de 1964”, ao longo dos anos Doutor Ruy tornou-se um dos jornalistas mais engajados pela reabertura política do País, colocando “O Estado” a serviço da causa da liberdade.

“A família Mesquita apoiou o golpe de 1964 – que o Doutor Ruy preferia chamar de contragolpe. Porém, as convicções liberais do jornalista logo se chocaram com as arbitrariedades do regime. Ao invés de retalhar os textos à moda da censura, o Estado preferia publicar poemas como forma de protesto”, destacou o parlamentar.

Roberto de Lucena disse ainda que “O Estado” – que enfrentou seis anos de censura – foi um dos bastiões da liberdade de expressão durante o regime militar. Um combate que começou com Julio Mesquita durante a Revolução Constitucionalista de 1932.

“‘O Estado’ foi fundado por abolicionistas. Nas batalhas políticas em que a liberdade era colocada em risco, a família Mesquita sempre escolheu o lado certo. E o Doutor Ruy levou adiante esse nobre compromisso, que muitas vezes deixou a empresa em situação financeira desfavorável e trouxe problemas à sua própria família. A liberdade, antes de tudo – como ele definiu”, concluiu Roberto de Lucena.

 

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