Deputado denuncia situação dos membros da Comunidade Bahá’í no lrã

Notícias recentes afirmam que a violência contra os Bahá’ís tem se intensificado drasticamente, em especial na cidade iraniana de Semnan, a leste de Teerã

O deputado federal Roberto de Lucena denunciou, nesta quarta-feira (29/08), a situação deplorável sob a qual se encontram os membros da Comunidade Bahá’í no lrã.  Notícias recentes afirmam que a violência contra os Bahá’ís tem se intensificado drasticamente, em especial na cidade iraniana de Semnan, a leste de Teerã. Casas e lojas têm sido alvos de incêndios, inúmeras empresas de propriedade de Bahá’ís foram fechadas pelas autoridades, o cemitério Bahá’í local tem sido frequentemente vandalizado e os estudantes continuam impedidos de cursar as universidades.

“O que se pode constatar é a implementação passo a passo de uma política oficial de estrangulamento da comunidade Baháí naquela cidade, algo que precisa ser considerado à luz do Memorando Golpayegani, revelado pelas Nações Unidas em 1991. Quem conhece os Bahá’ís, em qualquer parte do mundo, tem plena consciência de que são pessoas pacíficas e dedicadas à promoção da igualdade e da justiça nas comunidades em que residem”, disse o parlamentar.

O deputado afirmou ainda que no Brasil há milhares de seguidores e simpatizantes cuja atuação se destaca nos processos de defesa dos direitos humanos e de transformação social por meio da conscientização acerca da importância do papel de cada cidadão e cidadã na construção do bem-estar da coletividade. “Mesmo seguindo princípios tão universais, mesmo sem se envolverem em qualquer atuação político-partidária, os bahá’ís no Irã estão sendo amplamente perseguidos pelo regime autoritário do Governo iraniano. Além dos bahá’ís, muitos outros grupos religiosos enfrentam discriminação no território iraniano. No ano passado, por exemplo, o Governo confiscou cerca de 6.500 Bíblias cristãs e ainda mantém como prisioneiro o pastor Youcef Nadarkhani, que foi sentenciado à morte por apostasia”, informou Lucena.

De história recente, citou o deputado, outras versões de acusação de crimes supostamente cometidos pelo pastor foram apresentadas de maneira estranha. “O pastor Youcef Nadarkani está no corredor da morte no Irã apenas por ter cometido este crime, o crime da apostasia, condenado pela sharia. O crime de ter se convertido à fé cristã.
Apesar do apelo de alguns Parlamentares desta Casa pela preservação dos direitos humanos naquele país, crianças, jovens, homens e mulheres vivenciam cenas de atrocidade por razão de um único e claro motivo: intolerância religiosa” – alertou.

Roberto de Lucena disse ainda que o Brasil não pode ser conivente com o cerceamento do direito à liberdade religiosa de bahá’ís nem de outros grupos religiosos que também são perseguidos.
“Por isso, peço os parlamentares sintam-se também na responsabilidade de interferir nessa reflexão, nessa política que penaliza inocentes e impede o progresso da humanidade por meio de uma cultura de paz. Precisamos nos unir para pedir pelo fim da violência progressiva!”, concluiu.

 

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