Deputado Roberto de Lucena defende fim do uso do amianto no Brasil

Deputado federal cita o caso da Itália, onde milhares de pessoas foram contaminadas pela substância

Nesta terça-feira (14/02), o deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP) se pronunciou sobre seu empenho na lutar pela proibição do uso do amianto no Brasil. O entendimento do deputado foi reforçado após o resultado do julgamento de dois empresários, proprietários da empresa Eternit, responsáveis pela contaminação e morte de mais de duas mil pessoas expostas ao produto. O julgamento foi realizado nesta segunda-feira (13/02), no Tribunal de Justiça de Turim, na Itália.

Stephan Schmidheiny, ex- proprietário da Eternit na Itália, e seu sócio, o belga Cartier de Marchienne, foram condenados a 16 anos de prisão e ao pagamento de milhões de euros às famílias, associações e prefeituras atingidas pela tragédia sanitária do amianto.

Por ser uma fibra mineral reconhecidamente cancerígena, o amianto já foi banido por mais de 50 países. Porém, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que mesmo com o banimento, 100 mil pessoas morrem por ano vítimas do amianto.

Apesar da comprovação científica em relação aos efeitos nocivos da substância, no Brasil ainda é permitido o uso e manipulação desta substância, sendo sua única fábrica na cidade de Minaçu (Goiás) e a terceira maior produção do mundo. “Temos que parar de usar o amianto. Não existem argumentos que sustentem sua produção e comercialização, estamos colocando em risco os trabalhadores e a população em geral”, justificou o deputado.

 

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