Produção de alimentos: Embrapa faz parceria com Unipontal

Segurança alimentar e geração de renda para famílias rurais do Pontal do Paranapanema e de outras regiões do Estado do São Paulo. Estes são os objetivos do Sisteminha, O Deputado Federal Roberto de Lucena (PODE/SP) e o presidente da Unipontal (União dos Municípios do Pontal do Paranapanema), prefeito Jorge Duran, foram recebidos pela diretora de Tecnologia e Inovação da Embrapa, Soraya Araújo, para conversar sobre uma parceria entre a Embrapa e os municípios do Pontal do Paranapanema: a implantação do Sistema Integrado para Produção De Alimentos, conhecido como “Sisteminha”. Para o Deputado Federal Roberto de Lucena, o programa mudará a vida dos pequenos agricultores, proporcionando a melhoria da alimentação e renda familiar. Esta é uma iniciativa inédita para o estado de São Paulo.

Entenda o que é o Sisteminha

O Sisteminha Embrapa é um conjunto de soluções tecnológicas, desenhado para a garantia da segurança e da soberania alimentar de famílias em situação de vulnerabilidade social, que geralmente utilizam a agricultura como subsistência. No entanto, elas são dependentes de uma estação chuvosa muito curta para o cultivo. A manutenção de um sistema integrado, em pequena escala, para produção de alimentos permite a continuidade da agricultura durante todo o ano, o que aumenta a produção de alimentos, especialmente para as comunidades do meio rural com maior dificuldade de acesso à água, para irrigação e aquelas com quintais, que moram próximas dos grandes centros urbanos.

A administração do Sisteminha requer pouca mudança nos hábitos das famílias e permite a utilização de materiais encontrados no entorno das residências para ser instalado. Dessa forma, pode ser eliminada uma parte do custo fixo das instalações. Além disso, a criação de peixes nesse modelo tem outro benefício, que é o controle da dengue e outras doenças.

A aplicação do conhecimento relativo ao processo de tratamento e utilização da água para aproveitamento no cultivo de hortaliças, criação de peixes e minhocas em áreas urbanas ou no entorno das casas das famílias rurais (com sistemas eficientes de fácil construção e baixo custo) possibilita geração de renda extra e melhoria na alimentação.

O destaque do Sisteminha é a capacidade de utilizar a piscicultura integrada à criação de suínos, caprinos, ovelhas, galinhas de postura, frangos de corte, codornas, preás, insetos como abelhas e produção de larvas de moscas, compostagem, do uso dos húmus de minhocas e do biodigestor para produção de gás. Em alguns casos, pode-se utilizar também a energia solar, para o bombeamento de água e outras finalidades.

Modelo utilizado em outros sete países

O Sisteminha está mudando a vida de pequenos agricultores, com melhoria da alimentação e renda familiar, no Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e Tocantins. O programa atravessou o Oceano Atlântico e chegou ao continente africano, sendo operado com sucesso em Gana, Uganda, Etiópia, Camarões, Tanzânia, Angola e Mocambique.

 

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