Uma análise feita pelo economista e especialista em finanças internacionais Ricardo Amorim retrata um cenário atual de nossa sociedade: mercado de consumo e mercado de trabalho em sentidos contrários, no que diz respeito aos idosos.
Cada vez mais saudáveis e longevas, a maioria das pessoas com idade acima de 60 anos segue em condições de atuar no mercado, atendendo um público com o qual se identifica.
Nesse sentido, o deputado Roberto de Lucena apresentou o PL 3239/2012, que concede incentivo fiscal no Imposto de Renda para as empresas que contratarem pessoas com mais de 60 anos. O projeto aguarda parecer da Comissão de Constituição e Justiça.
Leia abaixo o texto, publicado nas redes sociais Linkedin e Facebook:
O mercado de consumo e o mercado de trabalho estão caminhando em direções opostas. O mercado de consumo está envelhecendo, enquanto o mercado de trabalho e o foco das campanhas de publicidade está cada vez mais nos mais jovens.
Nos Estados Unidos, menos de 1% dos carros novos são vendidos para quem tem menos de 25 anos e 75% para quem tem mais de 40 anos. por lá, 51% do mercado total de consumo está nas mãos de quem já passou dos 50 anos. Enquanto isso, as empresas abrem mão dos profissionais que mais entendem estes consumidores. As agências de publicidade, por exemplo, empregam apenas 6% de colaboradores com mais de 50 anos.
No Reino Unido, as tendências são as mesmas. As pessoas acima de 50 anos têm 75% do poder de consumo do mercado, mas só 5% dos investimentos publicitários são direcionados a elas e a idade média dos profissionais que trabalham em agências de publicidade é de 33 anos.
Aqui no Brasil, o problema é o mesmo. Está mais do que na hora das empresas entenderem e darem a devida atenção, inclusive na formação de suas equipes, ao crescente mercado consumidor dos mais velhos e experientes.
Fontes: Bob Hoffman, Gen Kobayashi e Conteúdos CENP
Por : Assessoria de Comunicação
