Marchei. Para Jesus!

FotorCreated3Nessa última quinta-feira, 4 de junho, eu marchei para Jesus em São Paulo, ao lado de uma multidão de irmãos e amigos, sob um céu límpido, de brigadeiro. Que manhã memorável!

Que linda manhã, de céu azul, de brigadeiro. Que dia memorável! Fiquei pensando sobre tudo o que vivemos como igreja evangélica brasileira até chegarmos ao momento em que estamos.

Hoje somos quase 50 milhões de evangélicos no Brasil – 25% da população nacional. Somos mais evangélicos no Brasil do que argentinos na Argentina, do que uruguaios no Uruguai, do que paraguaios no Paraguai, do que chilenos no Chile.Se os cristãos evangélicos brasileiros fossem uma nação independente, seríamos o segundo país da América do Sul, para se ter ideia.

A história da fé evangélica no Brasil é repleta de capítulos dramáticos. De perseguição, de prisões, de preconceito, de discriminação.
A igreja O Brasil Para Cristo viveu o auge desse tempo, quando muitos de nossos templos foram depredados, tendas de lona incendiadas, pregadores perseguidos.

O Missionário Manoel de Mello, fundador da denominação, por exemplo, foi preso 27 vezes.
Estive recentemente em Iperó, na fazenda Ipanema. Trata-se de uma das 65 florestas nacionais. Patrimônio da União.
Lá está, além de uma importante reserva da mata atlântica, o berço da siderurgia das Américas. Lá também está o primeiro cemitério de protestantes do País.

No século 18 os protestantes não podiam ser sepultados no cemitério público, porque a terra era católica. Os corpos eram depositados numa caixa de madeira e envolvidos em cal virgem. Foi de D Pedro II o edito que autorizou o bispo católico a excomungar um lote de terra, dentro da fazenda, para sepultar os protestantes.

Até boa parte do século 20, ainda havia cidades no Brasil, onde igrejas evangélicas se viam obrigadas a terem um campo santo ao lado de seus templos para sepultar seus fiéis e seus entes queridos.É por isso também que manifestações como a que vivemos na Marcha para Jesus em São Paulo tem um valor especial. Ela só é possível porque conquistamos no País o direito à liberdade religiosa, dentro de um Estado laico.

Apenas isso já deveria ser motivo de celebração.
Mas há muitos mais motivos!
E ali, cada um, à sua maneira, fez o seu culto.
E cada um que quis, à sua maneira, e dentro de sua liberdade, manifestou a sua fé.
Eu me alegro em ter visto tantos pastores, de tantas denominações diferentes.
Foi uma grande festa. Muito bonita.Eu marchei. Para Jesus.

Confira o álbum de fotos. Clique aqui

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