Lucena quer aproximação com Alto Tietê

Entrevista de Roberto de Lucena ao jornal O Diário

Entrevista de Roberto de Lucena ao jornal O Diário

Em entrevista ao jornal O Diário, de Mogi das Cruzes, o deputado federal Roberto de Lucena (PV) falou sobre seu compromisso com a região do Alto Tietê. Confira na íntegra a matéria publicada na edição de 10/10.

DANILO SANS / O Diário

Nascido em Santa Isabel, mas com atuação política em Arujá, o deputado federal reeleito para o segundo mandato, Roberto de Lucena (PV), espera estreitar o caminho entre o Alto Tietê e as ações na Câmara Federal.

Para dar início ao novo projeto, chamou para a equipe de assessores parlamentares o ex-secretário do Verde e Meio Ambiente de Mogi das Cruzes, Romildo Campello, que anunciou nesta semana a demissão do cargo que exercia na Prefeitura.

Lucena é teólogo, pastor e um dos líderes nacionais da Igreja O Brasil Para Cristo. O deputado também exerce a função de vice-presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores, o que o coloca mais próximo de eleitores evangélicos e ligados a movimentos sindicais, nichos que, segundo ele, foram responsáveis por boa parte dos 67.191 votos que o reelegeram.

Recentemente, o parlamentar foi apontado pelo Atlas Político como o 5º parlamentar mais atuante, entre os 513 deputados federais em exercício.

Quais são suas principais áreas de atuação na Câmara Federal?

Eu sou pastor e estou deputado. Naturalmente, como em toda minha vida atuei em movimentos cristãos que defendem os direitos humanos e em movimentos sociais junto ao segmento evangélico, é natural que esse público seja mais sensível à nossa mensagem. Outro segmento com o qual trabalho é o sindical, no debate e luta em defesa dos direitos do trabalhador, promoção da justiça social e direito dos aposentados.

O senhor obteve praticamente a mesma votação do último pleito. Qual sua avaliação sobre os resultados do último domingo?

Nossa campanha foi muito difícil, uma luta muito árdua. Primeiro, nós tínhamos dificuldade de recursos financeiros. Não tivemos condições de levar nossa mensagem para todo o nosso povo, para as pessoas para as quais gostaríamos que nosso trabalho chegasse. A segunda dificuldade que tivemos diz respeito à nossa campanha não ser regional. Eu nasci no Alto Tietê, eu moro na Região, mas temos uma campanha segmentada, que acaba se espalhando por todo o Estado. Tivemos votos em centenas de municípios e felizmente, com todas as dificuldades e limitações, ainda assim conseguimos levar nossa mensagem e tivemos o resultado para ficar na segunda colocação do PV estadual.

E sua campanha no Alto Tietê?

No Alto Tietê nós dialogamos com os municípios, fizemos um esforço pequeno, dentro de nossas limitações, para tentar levar a mensagem do que fizemos. Não conseguimos totalmente, mas pontuamos, marcamos presença e fizemos uma campanha belíssima.

Mesmo assim, em Mogi das Cruzes, o senhor conseguiu 2.650 votos. Como senhor explica esse número e o que os mogianos podem esperar do seu próximo mandato?

Em Mogi, além da igreja e do PV, que esteve conosco nessa luta, nós também dialogamos com a Cidade. Tivemos apoios importantes e nossa expectativa é a de que esse diálogo não seja mais interrompido. Quero que ele seja frequente, constante, e, para isso, vamos apresentar muito brevemente a Mogi das Cruzes algumas ferramentas que tornarão nosso mandato mais próximo da população, como o gabinete virtual, que permitirá uma interação maior com os cidadãos de forma geral. Também queremos nos estabelecer politicamente na Cidade. Enfim, temos outras discussões internas que serão encaminhadas em breve.

Segundo o ranking do Atlas Político, o senhor é o 5º parlamentar mais atuante na Câmara Federal. Quais foram suas maiores conquistas no primeiro mandato?

No aspecto legislativo, destaco a nossa luta em favor da aprovação da lei que classifica a corrupção como crime hediondo. Esse projeto é de minha autoria. Já passou por todas as comissões e está no plenário pronto para ser votado. Esse projeto aumenta o rigor da Lei contra os corruptos, mas também contra os corruptores. Sou coautor da Lei Seca, que diminuiu sensivelmente o número de mortes nas estradas do Brasil. Também sou coautor da lei que protege os animais de laboratórios, já em vigor, que prevê a proibição de testes para fins cosméticos e de higiene pessoal. É meu ainda o projeto que prevê a redução dos impostos sociais dos medicamentos.

Quais serão suas próximas ações como deputado federal?

Na próxima semana vou apresentar expediente para que seja criada uma comissão especial para estudar todos os projetos de leis que tratam sobre a redução de impostos para os medicamentos. Temos várias iniciativas nesse sentido na Câmara e vou propor que todas elas sejam reunidas para terem mais agilidade.

O senhor tem planos para as próximas eleições municipais, em 2016?

Eu entendo que eu tenho uma missão no Legislativo Federal. Mas entendo também que tenho a função e obrigação de discutir a cidade. Neste momento, meu desejo é exercer integralmente nosso mandato na Câmara, mas entendo que a investidura do mandato concedida pelo povo do Alto Tietê exige que eu discuta, cidade por cidade, o nosso projeto de futuro, o nosso projeto regional.

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