O Brasil assistiu estarrecido às imagens divulgadas de um safári realizado na Fazenda Sofia, no Mato Grosso do Sul, onde diversos animais são caçados e abatidos por hobby.
O espanto foi ainda maior quando foram divulgados os nomes dos protagonistas deste flagrante crime ambiental. Beatriz Rondon, alardeada como símbolo na luta pela preservação dos animais, e Antonio Teodoro de Melo Neto, é mais conhecido na região como “João da Onça”, se declarava regenerado da vida de caça aos felinos no Pantanal, pois no passado havia abatido mais de 600 delas. Ele, que de caçador se dizia convertido em defensor, não sustentou por muito tempo sua farsa. Hoje é acusado pela Polícia Federal por suspeita de promover a caça ilegal.
O deputado Lucena atento aos desdobramentos do caso e indignado com os acontecimentos não ficou de braços cruzados. Em discurso na Tribuna manifestou sua indignação e tristeza com o caso. Ele pretende apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição, (PEC) onde defende penas rígidas, como a perda da titularidade da propriedade de quem pratica crimes ambientais: –“Precisamos aumentar as penas nos casos de crimes ambientais como esse que tivemos a tristeza de assistir nas imagens chocantes divulgadas pela mídia. As cenas foram exibidas no mundo inteiro, e isso é mais uma vergonha diante do mundo que acumulamos. Assim como se discute na Câmara dos Deputados a perda da propriedade em caso da exploração do trabalho escravo pelo proprietário, protocolarei uma Proposta de Emenda à Constituição para que também seja estabelecida a pena de perdimento da propriedade quando o proprietário for flagrado promovendo ou consentindo a caça predatória. É hora de dizermos basta a tanta crueldades contra nossos animais”, desabafou o parlamentar.