Confira artigo do deputado Roberto de Lucena sobre a situação dos idosos no Brasil

Jovens aos 60 anos?

Alguns dados têm me chamado muito a atenção e trata-se de um tema sobre o qual pretendo me dedicar mais neste ano de 2012. O Brasil tem hoje 23 milhões de pessoas na faixa etária de 60 anos ou mais. A cada ano, mais 700 mil pessoas passam a ter essa idade. Ou seja, em nove anos serão 32 milhões de pessoas. Isso significa que vencemos um importante desafio: o aumento da expectativa de vida de nossa população.

Anos atrás, uma pessoa com 60 anos era considerada um velho, uma velha. Hoje não! É uma mocinha de 60 anos ou um moço de 60 anos, e com uma expectativa de vida de mais 20 ou 30 anos. O desenho do velhinho com uma bengalinha usado como referência a essa faixa etária não tem mais absolutamente nada a ver com ele! Não tem o menor sentido!

Bem, vencido esse desafio, agora temos outro tão importante quanto: a responsabilidade do nosso esforço para que esses 20 ou 30 anos a mais, acrescidos à expectativa de vida do povo brasileiro, sejam vividos com saúde e com dignidade. Todos têm direito ao envelhecimento saudável e com boa qualidade de vida.

O fato de o Brasil estar, gradativamente, migrando de um país com maioria jovem para um maior contingente na melhor idade implica na necessidade de repensar a previdência, políticas públicas para o idoso, saúde, segurança, mercado de trabalho, moda, hábitos, cultura, educação, esporte etc.

Haverá, inclusive, o aumento na demanda de médicos geriatras e a oportunidade de potencialização de uma profissão que está surgindo, e que pretendo empregar meu empenho no apoio ao seu reconhecimento e regulamentação, que é a de cuidador de idoso.
A sociedade brasileira precisa, cada vez mais, respeitar essa cidadã e esse cidadão que muito contribuiu com o progresso e a construção da riqueza nacional e que ainda pode contribuir muito, se não for impedida ou impedido pelo preconceito, para a consolidação do Brasil, não somente como uma das maiores potências econômicas do mundo moderno, mas também como uma potência social razoável, na qual as premissas de justiça social e igualdade de oportunidades sejam uma realidade materializada.

Temos diante de nós, nessas moças e nesses moços da melhor idade, não somente a experiência, mas também força de trabalho.
Nesse ano de 2012, também teremos que discutir na Câmara, necessariamente, sobre o fim do fator previdenciário. Ele é responsável pelo achatamento dos ganhos das aposentadorias, impondo terrivelmente aos trabalhadores brasileiros uma perda brutal do seu poder econômico e a diminuição de seu padrão social e, consequentemente, qualidade de vida. E o meu compromisso com a sociedade é do voto pelo fim do fator previdenciário! Vou votar e trabalhar para que os trabalhadores e aposentados do Brasil sejam justiçados.

Penso ainda que o Congresso Nacional deveria endurecer e agravar as penalidades impostas às pessoas responsáveis por maus-tratos contra idosas e contra os vulneráveis.

É em homenagem à memória do meu pai e à minha mãe, que é uma mulher maravilhosa, que abraço todas as mocinhas e mocinhos da melhor idade de todo o meu querido Brasil.

Um abraço a todos.

Que Deus abençoe o Brasil!

 

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