Sr. Presidente, ilustre Deputado Eduardo Gomes, cumprimento V.Exa. pela feliz iniciativa de propor esta sessão solene em que celebramos os 90 anos do rádio e, com justiça, homenageamos a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio de Televisão – ABERT, pelos seus 50 anos.
Dou boas-vindas ao Sr. Manuel Soares Carneiro, Presidente da ABERT, e aos demais integrantes da Mesa – o Sr. Luis Pardo, Presidente da Associação Internacional de Radiodifusão; a ilustre Dra. Sueli Navarro, competente Diretora da Secretaria de Comunicação Social, a SECOM; a Sra. Fátima Roriz, Presidente da Associação Estadual de Rádio e TV do Estado de Tocantins, representando aqui as associações estaduais de rádio e TV, e o Sr. Nelson Breve, Presidente da Empresa Brasileira de Comunicação, a EBC.
Sras. e Srs. Deputados, ilustres convidados aqui presentes, radialistas, comunicadores, empresários de comunicação, senhoras e senhores, quero comemorar o pioneirismo do padre gaúcho Landell de Moura, considerado um dos pais do rádio. Em 1893, do alto da Avenida Paulista, ele fez a primeira experiência de radiotelefonia, daquele ponto ao Morro de Sant’Anna, em São Paulo, uma distância de 8 quilômetros.
Os primeiros registros acerca da transmissão de sinais sonoros datam de 1899 a 1900.
Em 7 de setembro de 1922, no ano em que se comemorava o Centenário da Proclamação da Independência do Brasil, o rádio começou finalmente a fazer parte, de maneira oficial, do dia a dia do brasileiro.
O rádio, senhoras e senhores – esse fenômeno de popularidade, veículo de informação, opção de entretenimento, instrumento de integração, fomentador da cultura e da educação, canal de politização e de promoção da cidadania – é uma jovenzinha de 90 anos. E chega a essa marca contrariando as previsões que, ao longo dos últimos anos, prenunciaram o seu fim, o seu desaparecimento.
Ao contrário disso, o rádio permanece forte, sobrevive a todas as mudanças e aos desafios. E, com certeza, haverá de assim permanecer.
Em cada canto desta Nação, de Norte a Sul, de Leste a Oeste, ali está presente o rádio, nos mais longínquos e distantes rincões. É o entretenimento do homem do campo, da família carente e é também o divertimento de milhões de brasileiros nas grandes cidades, no carro, em casa e no trabalho.
Não poderia deixar de registrar a importância desse veículo também para o trabalho de evangelização no Brasil, que promoveu e promove até hoje a justiça, a ética, valores e princípios que são caros a todos nós, que fortalecem e edificam as pessoas e constroem a paz.
Homenageio aqui um dos pioneiros de evangelização através do rádio no Brasil, o missionário Manoel de Mello, fundador da Igreja O Brasil para Cristo e do programa A Voz do Brasil Para Cristo, em 1956.
Sr. Presidente, sou pai da Melissa, de 24 anos, e do Renan, de 22 anos, e sou avô da Srta. Lívia, que tem 4 anos de idade. Ela aprendeu a me ligar a cobrar. E assim o fez na última semana para compartilhar uma grande alegria na sua vida: ela havia ganho o seu primeiro radinho, como se referiu a esse instrumento de comunicação, ao dizer: Vovô, você não vai acreditar! Eu ganhei um radinho, e ele toca música, Vovô. Músicas tão lindas! E perguntou: Quando você vem, Vovô? Volte logo!. Isso porque ela queria me mostrar o seu radinho.
Deputado Eduardo Azeredo, meu ilustre professor, quase fui andando de Brasília para São Paulo para me encontrar com a Srta. Lívia eparticipar daquele seu momento de alegria. Ela me disse Vovô, venha dançar comigo!. E eu respondi a ela: Srta. Lívia, eu não sei dançar, eu nunca dancei. Mas ela insistiu: Vovô, eu ensino você. E, quando cheguei, estava ali a minha professora, com o seu radinho, para me ensinar a dançar. Quando perguntei o que íamos dançar, ela respondeu: Vovô, nós vamos dançar Bob Esponja.
As senhoras e os senhores já viram o que é a dança de Bob Esponja? Deputado Antonio, não foi possível encarar! Mas ali, na alegria da Srta. Lívia, estava manifesto o que aqui pretendo dizer: o rádio não vai acabar; o rádio não vai terminar; o rádio não vai morrer! Vai superar os seus desafios e manter-se como é: importante e relevante!
Desta tribuna, Sr. Emanuel Carneiro, Presidente da ABERT, renovo o meu compromisso com a liberdade de expressão e com a liberdade de comunicação, bem como o compromisso de que, com o meu voto e o meu trabalho nesta Casa, haveremos de continuar a dar todo apoio ao rádio e à democratização da comunicação no nosso País.
Cumprimento, em nome da bancada do Partido Verde, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, entidade que congrega milhares de emissoras de rádio e centenas de emissoras de televisão, pelo Jubileu de Ouro e por sua linda história.
Da mesma forma, cumprimento todos os profissionais brasileiros envolvidos com o rádio – operadores, técnicos, funcionários, repórteres, locutores.
Parabéns à radiodifusão brasileira e a todos os fazem a sua história – uma história cada vez mais rica.
Viva o rádio brasileiro!
Muito obrigado, Sr. Presidente, senhoras e senhores.
Que Deus abençoe o Brasil.