Embaixada do Irã afirma que pastor Nadarkhani não será executado

Informação foi repassada ao deputado Roberto de Lucena pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil

O deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP) recebeu do Ministério das Relações Exteriores, nesta sexta-feira (21/10), a informação de que está afastada a possibilidade do pastor iraniano Youcef Nadarkhani ser executado, apesar da lei do Irã permitir a punição.

O pastor evangélico é acusado de ter se convertido ao cristianismo depois de adulto, sem se furtar a expressar isso publicamente, o que para as leis iranianas é crime com pena de morte. Em pelo menos sete países árabes, o crime de apostasia é punido com execução, a exemplo do Irã, Arábia Saudita e Nigéria.

A notícia foi recebida com alívio pelo deputado Roberto de Lucena, que é vice-presidente da Frente parlamentar Evangélica. “O primeiro passo foi dado. A vida de nosso irmão pastor foi preservada. Agora queremos ver a possibilidade de ele ser asilado no Brasil”, disse o deputado.

 

NEGOCIAÇÕES

Desde que a notícia da condenação do pastor Youcef Nadarkhani chegou ao seu conhecimento, o deputado Roberto de Lucena tem se empenhado para que o Brasil intervenha, de forma diplomática, na liberdade do pastor.

Com outros parlamentares membros da Frente Parlamentar Evangélica e da Frente Parlamentar da Família, o deputado Roberto de Lucena foi recebido pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que acolheu o pedido oficial para que o Ministério entrasse no caso.

Os parlamentares evangélicos em reunião que ocorreu na Câmara dos Deputados com a presença do chefe da Assessoria Especial de Assuntos Federativos e Parlamentares, embaixador Sérgio França Danese, também solicitaram apoio do Ministério das Relações Exteriores. O objetivo era obter informações precisas da Embaixada do Irã sobre o caso.

O Ministério das Relações Exteriores informou ao Deputado Roberto de Lucena que a mobilização no Brasil não foi apenas por parte das lideranças políticas cristãs, ela chegou até aquele Ministério também por meio de diversas organizações da sociedade civil, de lideranças religiosas e muitas pessoas, individualmente, também manifestaram clamor pela vida do Pastor Youcef.

 

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