O deputado Roberto de Lucena, do Podemos/SP, palestrou nesta segunda-feira (3) no Seminário “Desafios na Promoção dos Direitos e da Saúde das Pessoas Idosas”, em Roma, na Itália. Lucena, que foi o primeiro presidente da Comissão do Idoso na Câmara dos Deputados, debateu com especialistas o envelhecimento ativo e saudável da população, sob a perspectiva de Brasil e Itália.
A convite do Consulado Brasileiro, o parlamentar fez um panorama dos idosos no Brasil e de todas as políticas voltadas à essa população. O Brasil, de acordo com o IBGE, tem um contingente de 20,8 milhões de idosos atualmente. A Itália, por sua vez, é o segundo país com o maior número de nonagenários do mundo.
“É preciso ser valente, ter coragem e ousadia para viver a experiência do envelhecimento. Essa é uma nova realidade global e uma novidade para o Brasil também, que há cerca de três décadas era um dos países mais jovens do mundo”, afirmou Lucena.
Ações do poder público brasileiro
O deputado pontuou as iniciativas brasileiras em defesa dos idosos. O Estatuto do Idoso, um marco legal no Brasil, completa 16 anos em 2019, e assegura uma série de direitos às pessoas maiores de 60 anos. A Câmara, por meio de uma comissão permanente, fiscaliza e acompanha os programas de governo. Além da atuação da Secretaria Nacional de Promoção de Defesa e Direitos da Pessoa Idosa, órgão do Poder Executivo.
O Brasil, em algumas décadas, terá muito mais idosos do que jovens, algo que não preocupa, segundo ele. “Esse não é um problema, é uma benção. Aumentamos nossa expectativa de vida, mas temos o desafio de garantir que essa conquista seja acompanhada de uma boa qualidade de vida”, alertou Lucena.
Experiência da Itália
Envelhecimento Ativo, Políticas e Serviços; Longevidade e o Direito de Envelhecer na própria casa; e Apoio a Idosos em Situações de Dificuldade foram alguns dos temas apresentados pelos representantes da Itália. “Foi importante ouvir os italianos, conhecer suas experiências, e entender como lidaram com o envelhecimento de sua população, de que forma isso impactou a economia, a previdência social, e o sistema de saúde do país”, disse o parlamentar, destacando a necessidade de criação de uma rede de colaboração entre os dois países, em torno da agenda do envelhecimento.
O evento teve a participação de Antonio Patriota, embaixador do Brasil na Itália, Afonso Carbonar, cônsul do Brasil em Roma, Roberto Lorenzatto, representante do Brasil no Parlamento Italiano, Edylene Giustini, membro do Conselho de Cidadãos Brasileiros de Roma, e de Maria do Socorro Morais, ex-Secretária Nacional do Idoso, entre outros.
Por: Assessoria de Comunicação
Rafael Secunho