Em pronunciamento, deputado Roberto de Lucena diz que corrupção deve ser tratada como crime

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a cada dia temos sido surpreendidos com mais e mais notícias de corrupção, que se sucedem em diversas Pastas do Governo Federal, em vários Estados e Municípios Brasil afora.
A corrupção é covarde, predadora e perniciosa. Ela deve ser eleita aqui nesta Casa como inimiga número um de todos nós e inimiga número um do Brasil.
Ela sequestra recursos de todos, que deveriam estar sendo destinados para a educação, a saúde, a segurança pública, os programas sociais, e os coloca a serviço de alguns. A corrupção é imoral! Ela deve ser tratada como crime hediondo e inafiançável pelos danos terríveis que impõe a tantos.
Nenhum Governo, nenhum partido, nenhum grupo está livre da possibilidade de ter que enfrentar internamente os dissabores de tratar de relações não republicanas, eventualmente praticadas por gente que esteja em seus quadros.
Não é isto, Sr. Presidente, o fato de que aconteça algo reprovável dentre suas fileiras que desqualifica uma instituição, mas o comportamento dessa instituição diante do ilícito, seja ele praticado por quem quer que seja.
Nesse ponto, quero fazer um reconhecimento à postura da nossa Presidenta da República. A Presidenta Dilma tem sido para mim, em muitos aspectos, uma grata surpresa. Eu a aplaudo por seu comportamento sério diante das denúncias que têm sido apresentadas contra pessoas ou órgãos ligados à administração federal.
Preciso, também, fazer um registro do meu reconhecimento à grande contribuição dada pela imprensa nesse processo de passar o Brasil a limpo. Imprensa que é, na sua maioria, composta de profissionais sérios e responsáveis.
Esta Casa precisa dar à Presidenta Dilma todo o apoio, todo o respaldo político, a fim de que seja garantida a condição necessária à estabilidade do Governo e do País, que se vê diante de grandes desafios. Desafios estes que demandarão enorme esforço e competência, como a crise econômica mundial que cresce e se fortalece a cada dia.
Esta Casa precisa dar ao Governo o respaldo político para que essa faxina prossiga e expurgue das engrenagens do serviço público esse tipo de gente que não quer servir ao Brasil, mas se servir do Brasil.
Hoje, Sr. Presidente, a corrupção pode afetar a muitos, mas a longo prazo afetará a todos. Ninguém, nenhum de nós e de nossos filhos, escapará de suas trágicas consequências. O momento é de união. União de todos contra a corrupção. União de todos em favor do Brasil.
Quero, Sr. Presidente, ao finalizar este pronunciamento, saudando a Prefeita Rosinha, Prefeita de Campos, no Rio de Janeiro, ora presente a esta sessão, citar a oração do candango JoséSilva Guerra, em 22 de abril de 1959, gravado para sempre num espaço, somente agora descoberto, no teto do Salão Verde da Câmara dos Deputados: Que os homens que aqui vierem tenham compaixão dos nossos filhos e que a lei se cumpra!.
Sr. Presidente, faço desta citação a minha homenagem à senhorita Lívia, que, no dia de hoje, 17 de agosto, completa 4 anos. É em sua homenagem, em homenagem à sua geração que ocupo a tribuna desta Casa no dia de hoje.
Sr. Presidente, muito obrigado. Obrigado Governador Garotinho pela sua gentileza, pela sua concessão.
Era o que eu tinha a dizer.
Que Deus abençoe o Brasil!

 

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