Desafios impostos às nações diante do vertiginoso crescimento demográfico mundial

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, chamo a atenção de V.Exas. para o alerta dado pela Organização das Nações Unidas – ONU para o fato de termos atingido a marca de 7 bilhões de seres humanos vivos em nosso planeta.
Ainda que o Departamento de Estatística dos Estados Unidos e a ONU venham a divergir sobre a data em que isso ocorreu, se no dia de hoje ou nos próximos meses, a verdade é que estamos diante de desafios muitos sérios e muitos importantes.
Somos sete bilhões de habitantes humanos no planeta afinal, e a cada minuto 148 crianças nascem em todo o mundo. O planeta dispõe de recursos naturais limitados e esses recursos estão se saturando.
O vertiginoso aumento populacional eleva a níveis impressionantes a demanda de alimento, de água potável, de vestuário, de transporte, de moradia, de saneamento, de educação, de saúde e de emprego.
Esse é um desses importantes desafios que mencionamos: a provisão dessas necessárias condições à vida humana agora e no futuro, tendo em vista que as estatísticas apontam para mais 1 bilhão de pessoas nos próximos 12 anos.
É um enorme desafio nos propormos a um planejamento e a uma organização tal que, somados a uma necessária mudança de hábitos e a uma disciplina quase tibetana, nos garanta o equilíbrio entre o desenvolvimento e a sustentabilidade.
A distribuição dos habitantes da Terra é desproporcional, com o inchaço cada vez maior das grandes metrópoles. São Paulo, a Capital bandeirante, é, segundo a ONU, a terceira cidade mais populosa do mundo, com mais de 11 milhões de habitantes, ficando atrás apenas de Tóquio, no Japão, e de Nova Délhi, na Índia.
O que vamos fazer com isso?
As desigualdades sociais são gritantes: 67% da população mundial é formada por pobres; 28% estão na classe média; e 5% são considerados ricos. Segundo a ONU, 420 milhões de pessoas em todo o mundo estão abaixo da linha da pobreza, na miséria e sofrendo com a fome.
O que vamos fazer com isso?
Sr. Presidente, o papel do Brasil é extraordinariamente relevante nesse contexto. É um país riquíssimo em recursos naturais, o que nos coloca numa condição de elevada responsabilidade. Precisamos preservar nossa flora e nossas fontes de água.
Temos plenas condições de ocupar a liderança estratégica mundial no processamento de energias limpas, energias renováveis.
Temos plenas condições de apresentar ao mundo um novo modelo econômico sustentável, baseado em empregos verdes.
Temos plenas condições de nos tornar para o mundo um novo modelo de uso racional da água e de preservação do meio ambiente.
Temos todas as condições de consolidar as conquistas sociais alcançadas nos últimos anos e agora, cada vez mais, aprofundadas pelo Governo Dilma, a quem aplaudo pela lucidez administrativa, pela perseverança e disciplina na busca de resgatar milhões de irmãos brasileiros que vivem abaixo da linha de pobreza, em absoluta miséria, e pelo enfrentamento à corrupção.
O crescimento populacional ora apresentado pela ONU nos faz pensar à frente, para que não soframos, de forma mais crônica, com os problemas que já enfrentamos hoje.
Seja bem vindo, “bebê 7 bilhões”. Nós, nesta Casa, haveremos de fazer nossa parte para que você e todas as crianças do Brasil e do mundo tenham um planeta melhor do que o de hoje.
Era o que eu tinha a dizer.
Muito obrigado.
Que Deus abençoe o Brasil!

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