Deputado viaja aos EUA para lutar contra práticas antissindicais da Nissan

O deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP), que é vice-presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT), viaja em missão oficial aos Estados Unidos no próximo sábado (16/3), juntamente com sindicalistas da UGT, CUT e Força Sindical, para discutir estratégias de luta contra práticas antissindicais da Nissan.

As centrais sindicais afirmam que os trabalhadores americanos da montadora no estado do Mississipi, no oeste dos Estados Unidos, estão tendo seus direitos trabalhistas privados. Isso acontece, de acordo com a UGT, graças ao modelo sindical norte americano, que favorece os empregadores em detrimento da classe trabalhadora.

Uma frase do presidente mundial da Nissan, Carlos Ghosn, resume o pensamento da montadora sobre democratização e relações mais humanas no local de trabalho: “Onde há sindicato não há empresa”. A frase é dita em um vídeo que a empresa exibe para seus funcionários com frequência.

Para as centrais sindicais brasileiras, a atuação de sindicatos que representam e lutam pelos direitos dos trabalhadores em países como França, Japão, Brasil e África do Sul, em nada atrapalham o desempenho das empresas, o que derruba a tese de Ghosn  e isso precisa ficar claro para o mundo todo.

A Nissan espera dobrar sua presença no Brasil, superando concorrentes diretos como a Honda, por isso chamar a atenção da sociedade para o comportamento antissindical da Nissan pode ser uma maneira eficaz de lutar contra a exploração dos trabalhadores no Mississipi.

A campanha “Mississippi Alliance for Fairness at Nissan”, organizada pela United Auto Workers – UAW (Sindicato Internacional dos metalúrgicos do Setor Automobilístico dos Estados Unidos), que denuncia a violação dos direitos humanos dos metalúrgicos da unidade da fábrica japonesa Nissan, atrai cada vez mais trabalhadores, sindicalistas, estudantes e líderes do parlamento no mundo todo.

O objetivo da campanha é denunciar a intimidação e as ameaças da montadora Nissan para impedir os trabalhadores de se organizarem em um sindicato. A Nissan ameaça com demissão quem votar pela criação da entidade e até com o fechamento da fábrica.

Para as Centrais sindicais brasileiras, a experiência de luta para diminuir a desigualdade social no Brasil e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores pode ajudar os trabalhadores norte-americanos a conquistar seus direitos.

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