Deputado sugere sistema de som informativo em ônibus urbanos

Indicação do deputado federal foi enviada ao Ministério das Cidades e é destinada a centros com mais de 100 mil habitantes

Preocupado com a situação dos deficientes visuais que utilizam o transporte público e que, por conta da limitação física não são orientados quanto às paradas, o deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP) enviou ao Ministério das Cidades, a Indicação nº 2706/2012 que propõe um sistema de som informativo em ônibus nas cidades com mais de cem mil habitantes. O serviço também seria destinado à orientação de turistas.

De acordo como deputado, os ônibus urbanos que transitam nas cidades brasileiras, ao contrário do que ocorre em todos os trens metroviários no Brasil e no mundo, não apresentam um sistema de som que informe aos passageiros o nome ou o local de cada parada ao longo de todo o trajeto.

Segundo o autor da proposta, é natural que a maioria da população conheça suas principais linhas de transporte urbano, os bairros mais importantes do centro da cidade, os prédios mais imponentes, as igrejas, os colégios e faculdades, as praças mais movimentadas e os grandes centros de compras, porque representam pontos de referência para sua orientação. Como os ônibus urbanos se deslocam pela superfície, sobre ruas e avenidas, é relativamente fácil para esses passageiros aprenderem quais são os trajetos a serem percorridos todos os dias.

“Os deficientes visuais, no entanto, dependem de terceiros para identificar ruas, endereços, itinerários de ônibus, avisos, e certos obstáculos. Não conseguem distinguir cores, dimensões, gestos e diversas outras representações gráficas aceitas e de compreensão imediata para pedestres, passageiros de ônibus e motoristas. Transitam com dificuldade por vias públicas e ficam expostos a constantes situações de risco. Quando se deslocam em metrôs, no entanto, conseguem ouvir claramente, pelo alto-falante, qual será o nome da próxima estação, sabendo então onde se localizam, podendo continuar ou não o trajeto previsto. Nos ônibus urbanos, não. Continuam dependentes de caridade alheia”,  justificou o deputado.

 

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