Deputado Roberto de Lucena reitera seu repúdio à degradação moral da televisão brasileira

Na qualidade de Vice – Presidente da Frente Parlamentar da Família e Apoio à Vida e de Vice-Presidente da Frente Parlamentar Evangélica, quero aproveitar esta oportunidade para reiterar meu repúdio à degradação moral da televisão brasileira, que tem permitido a inclusão em sua programação de cenas incompatíveis com princípios mínimos de respeito às pessoas e à dignidade humana.
A verdade é que estamos assistindo a uma corrida desenfreada para ver quem consegue baixar mais o nível dos programas e, com isso, ganhar pontos nos índices de audiência.
Talvez o aspecto positivo do que está acontecendo seja o fato de termos chegado ao limite de tolerância da sociedade. As cenas de apologia à prostituição e à pornografia são tão chocantes, as brincadeiras tão grotescas, que estamos assistindo a uma reação da opinião pública. Ninguém mais tem dúvida de que precisamos impor um limite a essa onda de mau gosto que invade cotidianamente os lares brasileiros.
Um fato que torna a situação ainda mais grave é a exposição de crianças e adolescentes a esse bombardeio de cenas impróprias, nas quais brincadeiras estúpidas colocam em risco a integridade física e emocional de pessoas surpreendidas pela abordagem maliciosa dos programas.
Em muitos casos, as chamadas “pegadinhas” expõem ao ridículo cidadãos de bem, que se sentem impotentes diante do poder descontrolado da mídia. Alguns são pagos para fazer papel de palhaços, mas grande parte das pessoas acaba sendo vítima de sua própria inexperiência e ingenuidade.
Nesse contexto, quero destacar a importância da campanha Quem financia a Baixaria é contra a Cidadania, criada, em 2002, pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, em parceria com entidades da sociedade civil, com o objetivo de gerar uma visão crítica na opinião pública brasileira.
A Secretaria-Executiva da Campanha é composta pela Comissão e por mais cinco organizações parceiras: Conselho Federal de Psicologia (CFP), Fórum Paulista pela Ética na TV, Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Associação Brasileira de Empresários pela Cidadania (CIVES) e Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (INTERCOM).
Desde 2002 até hoje, já foram acolhidas milhares de denúncias de telespectadores insatisfeitos com os rumos da televisão brasileira. Além disso, a organização da Campanha participou de diversas audiências públicas e processou judicialmente vários programas, arguindo sua incompatibilidade com os padrões morais brasileiros.
Precisamos mostrar à sociedade que a baixaria na televisão é consequência de uma ação conjunta de emissoras, anunciantes e produtores, e que todos devem ser responsabilizados pelos danos que estão causando ao País.
Num momento em que se propõe a educação como prioridade nacional, é inadmissível que algumas poucas pessoas, que controlam os meios de comunicação, imponham ao País esse processo de deseducação da juventude.
Muitos estudos tentam vincular a violência, as drogas e a promiscuidade sexual a questões socioeconômicas. Isso é verdade, mas não toda a verdade. Filhos de classe média ou de famílias abastadas estão também envolvidos pela mesma degeneração moral que tem sido divulgada e estimulada pela televisão. Ignorar a influência dos meios de comunicação no processo é tentar tapar o sol com a peneira.
Nós, Parlamentares, temos o dever moral de colocar um fim na baixaria que domina a televisão no Brasil.
Era o que tinha a dizer.
Que Deus abençoe o Brasil.
Muito obrigado.

 

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