Vice-presidente da Frente Parlamentar Evangélica disse que o assassinato de Dom Robinson Cavalcanti e sua esposa chocou a comunidade cristã
O deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP) lamentou, nesta segunda-feira (27/02) a morte brutal do bispo da igreja anglicana, Dom Edward Robinson de Barros Cavalcanti, de 68 anos, e sua esposa, Miriam Nunes Machado Cotias Cavalcanti, de 64.
Segundo o deputado, o mais chocante é o fato do filho adotivo do casal, Eduardo Olímpio Cotias Cavalcanti, de 29 anos, ser o principal suspeito do crime. “A perda de Dom Edward Robinson e sua esposa é irreparável”, disse Roberto de Lucena ao destacar a importância do religioso para a comunidade cristã.
De acordo com a polícia, Eduardo teria brigado com a outra filha adotiva do casal e depois foi visto amolando facas. Depois, esfaqueou o pai durante uma discussão. A mãe, tentando evitar a agressão, também recebeu os golpes fatais. Ainda de acordo com a polícia, Eduardo estaria sob efeito de drogas. Ele havia retornado dos Estados Unidos, onde morava e onde já foi preso por envolvimento com entorpecentes.
“Mais uma vez temos um exemplo de como as drogas estão devastando nossos jovens. Um mal que invade as famílias e destrói seus sonhos. Que possamos intensificar a luta contras as drogas e que a morte de Dom Robinson não seja em vão. Minha solidariedade à família das vítimas”, afirmou o deputado.
Conforme nota da Universidade Federal de Pernambuco, o professor era graduado em Direito, pela UFPE, e em Ciências Sociais, pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). Possuía Mestrado em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro. Na UFPE, coordenou o primeiro curso de especialização em Ciência Política, em 1979, e o Mestrado em Ciência Política, de 1986 a 1989. Foi membro dos Conselhos de Administração e Universitário e também integrou colegiados. Ministrou disciplinas com temáticas ligadas a partidos políticos, coronelismo, teoria política moderna e império.
Entre suas publicações, estão os livros As Origens do Coronelismo (Editora Universitária da UFPE, 1984) e Cristianismo e Política – Teoria bíblica e prática histórica (1985). “Ele sempre se renovou na vida. Sempre foi aberto ao diálogo com sensibilidade”, disse o professor Michel Zaidan, da Pós-Graduação em Ciência Política da UFPE.
Robinson Cavalcanti também trabalhou da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Unicap e Faculdade Frassinetti do Recife (Fafire). Ele ainda atuou como professor visitante na Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, no ano de 1988, e era bispo anglicano.
