O deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP) foi à tribuna da Câmara, nesta segunda-feira (12), defender a federalização da investigação do assassinato, em 2001, do então prefeito de Campinas (SP), Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT.
Segundo o parlamentar, que é vice-líder do Partido Verde na Câmara, a medida é a mais viável na busca de uma solução para o caso. “Passados dez anos essa morte ainda não foi esclarecida, apesar de todo incansável esforço da sua família, que tem buscado, inclusive, apoio internacional, depois de bater aqui em tantas portas que não se abriram”, afirmou.
Roberto de Lucena disse ainda que provas desapareceram, movimentos estranhos ocorreram e a Polícia Federal jamais chegou a entrar na investigação. “Assim como a morte de Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André, a morte de Antonio da Costa Santos tem estado envolvida numa atmosfera de mistério, numa cortina de fumaça”, alertou.
O deputado Roberto de Lucena disse que vai encaminhar à Procuradoria Geral da República solicitação para que seja enviado ao Superior Tribunal de Justiça o requerimento de federalização do caso. “Lembro que no Brasil já tivemos um caso de federalização, o do Manoel Matos, advogado pernambucano morto em 2009 e cujo crime foi o primeiro a sair da jurisdição de um estado para ser julgado pela União”, informou.
O deputado destacou a importância de Toninho como elemento catalisador da esperança do povo campineiro, como o fiel depositário dos sonhos de grande parcela da população que ansiava pelo dia em que os setores mais sensíveis da sociedade pudessem ter sua voz ouvida pelo Governo Municipal e de que a periferia fosse especialmente prestigiada.
“Toninho representava muito aquela gente. Representava o compromisso com a ética e com a transparência. Representava a ascensão da classe trabalhadora ao poder e a certeza de que as portas da Prefeitura estariam sempre abertas para todos”, disse o deputado, que ainda se solidarizou com a família do ex-prefeito.
