Roberto de Lucena fala sobre o preconceito contra os evangélicos

Parlamentar  discursou sobre os diversos casos de violência decorrentes da intolerância e citou a discriminação sofrida pelos evangélicos no País

Na manhã desta sexta-feira, dia 10 de fevereiro, o deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP), vice-presidente da Frente Parlamentar Evangélica, ocupou a Tribuna da Câmara dos Deputados para falar de um importante tema: o preconceito e a intolerância, especialmente contra os evangélicos.

O parlamentar, que é pastor da Igreja O Brasil Para Cristo, afirmou que como cristão evangélico sabe bem o que significa ser vítima de discriminação. Ele citou a história da religião no País e casos de violência vividos pelos fiéis evangélicos ao longo da história, sempre decorrente do preconceito e intolerância. “Muitos de nossos pastores foram presos no Brasil, apenas por causa de sua fé e por suas pregações, a exemplo do Missionário Manoel de Mello, fundador da igreja O Brasil para Cristo, que foi preso 27 vezes pelo terrível crime de ser um evangelizador, e a exemplo também do Apóstolo Doriel de Oliveira, fundador da Igreja Casa da Benção”, disse.

Atualmente, mais de quarenta milhões de pessoas se declaram evangélicas em todo o Brasil e esta população é representada no Congresso Nacional por uma bancada de oitenta deputados federais e três senadores, que compõem a Frente Parlamentar Evangélica, porém, de acordo com o deputado, mesmo assim a Igreja Evangélica nos dias de hoje continua sendo vítima de discriminação. “Creio que a luta contra todas as formas de preconceito e a discriminação deve ser um dos nossos compromissos inalienáveis”, afirmou.

Roberto de Lucena disse que os cristãos evangélicos defendem a vida em todas as instâncias, manifestando-se contra a legalização do aborto e a manipulação de embriões humanos, a favor da família, contra a legalização das drogas e por ter posição bastante definida quanto às relações homoafetivas.

Recentes declarações atribuídas ao Ministro Gilberto Carvalho, no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, causaram bastante estranheza entre os evangélicos. O fato fez com que o deputado Roberto de Lucena procurasse o Ministro para esclarecer as declarações referentes ao povo evangélico. “O Ministro Gilberto Carvalho afirmou, em nota oficial, que ‘de maneira alguma atacou os companheiros evangélicos’ e disse que ‘fez uma constatação política, reconhecendo que quem de fato tem forte presença na periferia do Brasil e fala, sobretudo, para as classes C, D e E são as igrejas evangélicas e que, portanto, essa presença tem que ser reconhecida como real e efetiva’. Naquela nota, o Ministro ainda ressaltou que defende uma parceria do Governo com as igrejas evangélicas, e reconhece que elas efetivamente contribuem para a reconstituição de pessoas e famílias, desenvolvendo trabalhos sociais, e lamentou a má interpretação de suas palavras”, afirmou o deputado durante seu discurso.

Roberto de Lucena continuou o pronunciamento afirmando que a Igreja Evangélica é a instituição que restaurou mais famílias, recuperou mais dependentes químicos, levou à regeneração mais degenerados, incluiu mais excluídos nesse país. “Seria inteligente e apropriado que esse seguimento fosse prestigiado e apoiado”, afirmou.

Segundo o deputado, a intolerância precisa ser desconstruída para acabar com a crescente cultura da violência instalada no País, que se traduz na agressão sem fundamentos, como nos ataques aos indígenas brasileiros, aos nordestinos, aos negros, judeus, evangélicos e aos homossexuais. “Não dá mais para suportar tanto preconceito. Precisamos combater a homofobia, bem como precisamos combater a heterofobia, a xenofobia, o racismo, o etnocidio e todas as outras manifestações de intolerância e de discriminações correlatas”, concluiu o deputado Roberto de Lucena.

 

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