Deputado pede que Comissão de Direitos Humanos acompanhe caso Amarildo

Deputado pede que Comissão de Direitos Humanos acompanhe caso Amarildo

 

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados vota nesta quarta-feira (07/08) o requerimento do deputado Roberto de Lucena (PV/SP) que pede esclarecimentos sobre o desaparecimento do pedreiro Amarildo Dias de Souza.

O deputado quer que a Comissão acompanhe junto à Procuradoria-Geral de Justiça e à Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro as investigações e as providências que estão sendo tomadas sobre o caso.

Entre os dias 13 e 14 de julho, a Operação Paz Armada mobilizou 300 policiais e entrou na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, para prender suspeitos de um arrastão ocorrido nas proximidades da favela. Naquele fim de semana, 48 pessoas foram presas. A PM afirma que Amarildo foi confundido com um traficante, mas que ele teria sido liberado logo após a apresentação na UPP.

O ajudante de pedreiro Amarildo Dias de Souza voltava de uma pescaria no dia 14 de julho quando quatro policiais militares o pegaram na frente de casa e o levaram até a sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha. Amarildo desapareceu sem que a família tivesse direito sequer a uma explicação oficial, como tantos outros de tantas favelas brasileiras vítimas de violência policial.

Desde então, a dona de casa Elizabeth Gomes da Silva, 48 anos, mulher de Amarildo, nunca mais o viu e convive com a incerteza e a revolta de não saber se o marido está vivo ou morto. Passados vários dias, o sumiço do trabalhador segue sem explicações.

Parentes do pedreiro e moradores da comunidade têm feito manifestações frequentes pedindo informações sobre o paradeiro de Amarildo. “É inaceitável qualquer pessoa entrar num posto policial e desaparecer”, ressalta o deputado.

 

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