Deputado destaca a importância da Revolução de 1932

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na condição de representante do Estado de São Paulo, não poderia deixar de falar desta data cívica que é uma das mais importantes do Estado de São Paulo: o dia 9 de julho, que marca o início da Revolução de 1932, último grande conflito armado ocorrido no Brasil, com um saldo oficial de 934 mortos e estimativas não oficiais de 2.220 mortos.
Inúmeras cidades, especial do interior do Estado, sofreram danos devido aos combates. Apesar de ter sido uma guerra que dizimou cerca de 800 brasileiros, a História brasileira recebeu seu legado, no que diz respeito à luta pela ordem democrática. O povo paulista lutou em forma de protesto pela libertação de São Paulo, pelo restabelecimento da ordem e da Lei no Estado.
O movimento visava derrubar o Governo provisório de Getúlio Vargas e promulgar uma nova Constituição para o Brasil. Em 2011, a Lei nº 2.430 inscreveu os nomes dos heróis paulistas da Revolução Constitucionalista de 1932 no Livro dos Heróis da Pátria. São eles: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, o MMDC, o acrônimo pelo qual se tornou conhecido o levante revolucionário paulista, em virtude das iniciais dos nomes dos manifestantes paulistas.
Eles foram mortos pelas tropas federais num confronto ocorrido em 1932, que antecedeu e originou a Revolução. Seus restos mortais estão sepultados no mausoléu do Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo. É lá, nesse monumento, que todos os anos o povo paulista se reúne para prestar suas homenagens à memória dos heróis da História e reverenciar os ideais que nortearam a Revolução.
Sr. Presidente, nesse sentido, parabenizo a Câmara dos Deputados pela exposição Constitucionalista: 80 anos da Revolução de 1932, que relaciona a Revolução com a história do Parlamento, porque em 1933 foram realizadas eleições para a Assembleia Nacional Constituinte, fato que marcou a reabertura do Poder Legislativo.
A exposição conta com imagens, documentos históricos originais e objetos museológicos cedidos pelo Museu dos Veteranos de 1932, Pelo Museu da Imagem e do Som – MIS e pelo Museu Casa Guilherme de Almeida, todos de São Paulo, e também pelo Centro de Documentação e Informação da Câmara dos Deputados.
O material expõe aspectos ignorados pela História oficial, como a participação de mulheres de diversos segmentos sociais, negros, índios e crianças que se mobilizaram em diferentes frentes pelo ideário da revolução.
A exposição toma como referência dois lugares que marcaram a memória da cidade de São Paulo durante a revolução: as Avenidas 23 de maio e 9 de julho. A primeira avenida leva o nome em alusão ao dia da morte dos quatro estudantes que se tornaram heróis e símbolos do movimento revolucionário e que deram origem à sigla do movimento, MMDC (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo). E a segunda, 9 de julho, refere-se à data do início da guerra propriamente dita, que hoje é considerada feriado estadual, em comemoração do Dia do Soldado Constitucionalista.
Sr. Presidente, a História deve ser sempre contada para que possamos com ela aprender e aprimorar nossas ações em prol do bem comum. A Revolução de 1932 teve o ideal do bem comum, porque marcou a história de luta contra a opressão e a favor do bem-estar de cada região do Estado.
São grandes, portanto, as lições da luta pela cidadania e pela paz, aquela que deve ser sempre o motivo de nossa maior inspiração.

Era o que eu tinha a dizer. Muito obrigado.

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