Roberto de Lucena critica projetos do Governo e pede mais discussão sobre medidas

Deputado posicionou-se contra projeto que prejudica salário de médicos e itens do Marco Regulatório da Radiodifusão

O deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP) fez um discurso contundente ao afirmar que dois projetos de autoria do Governo não terão seu apoio na Câmara dos Deputados. O primeiro a ser destacado pelo parlamentar foi a Medida Provisória 568/2012, que prevê mudança na remuneração de 30 categorias de servidores federais, alterando de forma substancial a jornada de trabalho de 20 para 40 horas, as gratificações e a remuneração de médicos e de veterinários.

“Na condição de vice-presidente nacional da UGT (União Geral dos Trabalhadores) não posso deixar de registrar que essas medidas atingem de forma extremamente negativa os servidores públicos federais, em especial os médicos e veterinários. Precisamos solucionar esse impasse! Toda a classe médica do País está intranquila!”, disse Roberto de Lucena durante seu pronunciamento na Tribuna da Câmara na última quarta-feira, dia 6 de junho.

Outro projeto polêmico destacado pelo deputado foi o Marco Regulatório da Radiodifusão. A proposta do governo é vedar a cessão ou arrendamento, total ou parcial, da outorga de serviço de radiodifusão: “Ao contrário do que se parece pretender, o País deve ampliar a democratização dos meios de comunicação, porque dessa forma garante a oportunidade de se apresentar conteúdos qualificados à população. Não somos contra a regulação, somos contra a não democratização desse espaço. Num País onde há tanta necessidade de se promover a educação do povo brasileiro, de ensinar valores que edifiquem a família brasileira, essa proposta traz um prejuízo incalculável à nossa sociedade”.

Roberto de Lucena disse ainda que essa medida for aprovada, vai prejudicar concessionários, as emissoras de rádio e TV e teria, também, entre os afetados, aqueles que veiculam programação de conteúdo religioso, como os católicos, evangélicos, judeus e espíritas. “E não somente os cristãos, por exemplo, que tem sua fé edificada nas suas igrejas, mas, sim, a população brasileira em geral que tem a oportunidade de receber em suas casas conteúdos de programação que valorizam a família, promovem a justiça e defendem a vida”, alertou.

O deputado disse não ser contrário a uma discussão aberta e transparente que, segundo ele, é relevante para a sociedade: “Porém, queremos participar dessa discussão. Queremos que seja ampliado o debate, o contrário disso seria agir com preconceito!”.

Roberto de Lucena foi mais enfático e refletiu: “O que fica parecendo, mesmo não sendo o caso, é uma tentativa de sufocar e controlar o crescimento dos evangélicos nos País – ação que se sintonizaria com as equivocadas interpretações dadas à fala do Ministro Gilberto Carvalho no Fórum Social Mundial em Porto Alegre, no início desse ano – sintonia e sincronia na qual eu não posso acreditar ou estarão a temer uma catástrofe!”.

O deputado Roberto de Lucena continuou seu discurso em tom crítico: “Devo admitir que se essa proposta fosse adiante, ocorreria algo absolutamente incrível, pois o governo brasileiro haveria de conseguir um feito e um fato que nem a Bíblia Sagrada e nem mesmo Deus conseguiram até agora em nosso País”.

Segundo o parlamentar, o governo conseguiria unir o Bispo Edir Macedo, o Apóstolo Valdemiro Santiago, o Pastor Silas Malafaia, o Missionário RR Soares, o Apóstolo Estevam Fernandes, o Pastor José Wellington, o Bispo Manoel Ferreira, o Pastor Samuel Câmara, a Apóstola Valnice Milhomens, o Apóstolo René Terra Nova, o Bispo e ex-deputado Federal Robson Rodovalho, o Pastor Jabes de Alencar e todas as demais expressões da liderança evangélica brasileira.

 

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