Comissão de Direitos Humanos aprova criação de grupo de trabalho para debater contaminação

Comissão de Direitos Humanos aprova criação de grupo de trabalho para debater contaminação

 

Foi aprovado, na pauta da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, um requerimento do deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP) que propõe a criação de um grupo de trabalho para investigar a contaminação por chumbo em Santo Amaro da Purificação, na Bahia. A população da cidade vem sofrendo, ao longo dos últimos 40 anos, com as consequências da poluição e a contaminação por chumbo (Pb) e cádmio (Cd), em nível endêmico.

Na semana passada, o deputado realizou audiência pública para mostrar o drama das vítimas e destacou o descaso do poder público com a questão. Segundo dados apresentados durante a sessão, a contaminação já fez mais de três mil vítimas fatais e, ainda hoje, crianças nascem com problemas sérios de saúde. “São 940 viúvas, mães, pais de famílias e centenas de trabalhadores sofrendo com tamanha desatenção e negligência do Estado”, desabafou.

Para o deputado, o sofrimento das famílias é algo vergonhoso para o País. E, segundo ele, criar um grupo de trabalho para cuidar da questão vai permitir que estudos sejam feitos com seriedade. “Vamos consolidar um diagnóstico sobre a situação e exigir providências”, explicou. O grupo de trabalho irá reunir todas as informações disponíveis acerca da grave contaminação por chumbo em Santo Amaro da Purificação, na Bahia, e vai apurar, pessoalmente, as denúncias apresentadas na audiência pública que tratou do tema na Comissão dos Direitos Humanos e Minorias. Além disso, o grupo irá visitar e ouvir a população de Santo Amaro da Purificação e os trabalhadores afetados.

Roberto de Lucena adianta que a situação é grave e destaca a necessidade de uma ampla mobilização de autoridades, do Poder Publico e da sociedade para socorrer a cidade baiana. “Se for preciso, iremos buscar alternativas, no chamado plano internacional de cooperação, com os organismos ligados à área da saúde e dos direitos humanos”, concluiu.

 

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