Comissão aprova projeto que institui 8 de maio Dia Nacional de Luta contra a Endometriose

Roberto de Lucena reuniu especialistas no Congresso, em audiência pública, para discutir o problema da endometriose

Roberto de Lucena reuniu especialistas no Congresso, em audiência pública, para discutir o problema da endometriose

A Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) aprovou, por unanimidade, em (15/04) o relatório sobre o Projeto de Lei PL 6.215/13, de autoria do deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP), que institui 8 de maio como Dia Nacional de Luta contra a Endometriose. A proposta agora segue para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

Roberto de Lucena levou o tema para o Congresso ao discutir em audiência o pública, em 2013, o drama de aproximadamente 6 milhões de mulheres vítimas da doença, que se caracteriza pela presença do endométrio – tecido que reveste o interior do útero – fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestinos e bexiga. Isto causa uma reação crônica e inflamatória e está associada à dor, subfertilidade e qualidade de vida prejudicada.

“É importante destacar que a endometriose acomete mulheres a partir da primeira menstruação e pode se estender até a última. Infelizmente, o diagnóstico não costuma ser tão rápido por falta de informação e acesso aos serviços de saúde”, destaca o parlamentar. Ele observa ainda que essa afecção é responsável por 40% dos casos de infertilidade no País.

Em seu relatório sobre o projeto, o deputado Geraldo Resende destacou que a instituição de uma data específica para a mobilização social em torno da endometriose é de suma importância, pois atrai atenção da sociedade para a doença: “O estabelecimento desta data funciona como um foco para engajamento de cidadãos e de entidades, públicas e privadas, envolvidas com o tema”, pontuou.

Atualmente, relevante parte do público feminino não tem conhecimento suficiente sobre a endometriose, a sua forma de ocorrência e a sua relação com outras doenças, como o câncer. Essa situação leva a diagnósticos tardios, que contribuem para o agravamento do quadro de saúde da paciente.

Saiba mais sobre a endometriose
Todos os meses, o endométrio fica mais espesso para que um óvulo fecundado possa se implantar nele. Quando não há gravidez, esse endométrio que aumentou descama e é expelido na menstruação. Em alguns casos, um pouco desse sangue migra no sentido oposto e cai nos ovários ou na cavidade abdominal, causando a lesão endometriótica.

As causas desse comportamento ainda são desconhecidas, mas sabe-se que há um risco maior de desenvolver endometriose se a mãe ou irmã da paciente sofrem com a doença.
É importante destacar que a doença acomete mulheres a partir da primeira menstruação e pode se estender até a última. Geralmente, o diagnóstico acontece quando a paciente está na faixa dos 30 anos.

Hoje, a doença afeta cerca de seis milhões de brasileiras. De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, entre 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva (13 a 45 anos) podem desenvolvê-la e 30% tem chances de ficarem estéreis.

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