Deputado relembra o segundo ano do massacre de crianças na Escola Tasso da Silveira, no bairro do Realengo, Rio de Janeiro, e aborda as consequências da prática de bullying no ambiente escolar

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, quero aqui fazer o registro de que neste domingo, dia 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, estaremos relembrando 2 anos da tragédia de Realengo, quando 12 crianças foram mortas num colégio e outras 12 ficaram feridas.
Na condição de Coordenador da Frente Parlamentar de Combate ao Bullying e outras Formas de Violência, quero deixar como lido o nosso pronunciamento e fazer um apelo para que nós não nos movamos apenas pela emoção das tragédias, mas façamos um esforço para que outras tragédias sejam evitadas.
Minha solidariedade às crianças, às famílias e ao povo do Rio de Janeiro, em especial ao povo de Realengo.

Diariamente vemos casos de bullying ser divulgados pela mídia, com preocupantes repercussões no cotidiano de nossas escolas.
Foi exatamente o ocorrido na Escola Municipal Tasso da Silveira, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, com ferimento e morte de vários alunos. Conhecido internacionalmente como “Massacre de Realengo”, as marcas da tragédia, decorridos 2 anos, ainda permanecem fortes em nossa memória e revelam a gravidade do problema.
A crescente prevalência do bullying é objeto de análise por muitos especialistas. Com base em cuidadosos estudos, juristas, cientistas sociais e psicólogos tentam não somente compreender os complexos fatores envolvidos no surgimento dessa perigosa prática, mas também buscam estabelecer, com máxima precisão, as principais consequências individuais e sociais dela originadas.
De fato, múltiplos são os casos de alunos que, submetidos ao bullying, apresentam recorrentes quadros depressivos ou de verdadeira fobia social, com prejuízos diretos para a convivência comunitária sadia. Sim! A tensão e o medo, associados ao bullying, podem gerar inegáveis prejuízos acadêmicos, além de ampliarem níveis de ansiedade e de insegurança.
No contexto de quem ocasiona tal agressão, muitas vezes encontramos a reprodução, na realidade escolar, de condutas violentas nascidas nos diferentes núcleos familiares ou nos demais espaços de vida social. E mais! A reprodução dessa violência acaba, em grande medida, por descaracterizar a escola como espaço propício para o desenvolvimento do aluno, na plenitude de seu potencial cognitivo e emocional.
Quero destacar, da mesma forma, o empenho da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Bullying. Na Presidência desse atuante grupo de Parlamentares, posso asseverar o quanto temos realizado para o urgente enfrentamento do problema. É exatamente o que vemos no mapeamento de proposições legislativas sobre a temática, com tramitação no Senado Federal e na Câmara dos Deputados, ou mesmo na tentativa de maior conscientização de toda a sociedade sobre o fundamental papel da família e da escola no processo de socialização de crianças e adolescentes.
Seguramente continuaremos, na agenda futura da Frente Parlamentar, a fortalecer o debate sobre as causas e consequências do bullying, sempre com foco nas ações a serem desenvolvidas para o firme enfrentamento desse complexo e multifacetado fenômeno social.
Nobres Parlamentares, desejamos, ainda, que a tragédia ocorrida na Escola Municipal Tasso da Silveira sirva de permanente alerta sobre os efeitos potencializados do comportamento agressivo no ambiente escolar. Somente assim conseguiremos adotar eficazes medidas preventivas, favorecendo o adequado desenvolvimento intelectivo e emocional de nossa juventude.
Muito obrigado.
Que Deus abençoe o Brasil!

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