Câmara recebe exposição das crianças de Terezín

A Câmara dos Deputados recebeu no dia 02 de março, a visita do Embaixador do de Israel, Giora Becher, para a abertura da exposição “Lembranças do Holocausto – desenhos das crianças de Terezín”. A solenidade contou com a presença do deputado federal Roberto de Lucena (PV/SP), que recentemente esteve visitando o embaixador para estreitar as relações com Israel, além da 1ª vice-presidente da Mesa Diretora, deputada Rose de Freitas, do presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado João Campos, entre outras autoridades.

Segundo o deputado, a exposição reflete uma dura realidade de maneira sublime, traduzida em 93 desenhos e poemas que habitaram as mentes e corações das crianças de Terezín. “Mesmo convivendo com o horror do Holocausto essas crianças conseguiram se expressar mostrando a beleza dos seus sonhos”, afirma o deputado Roberto de Lucena, que fez um pronunciamento na Câmara dos Deputados a respeito da dura realidade das crianças de Terezín e também da exposição.
A exposição poderá ser vista até o dia 30 de março, no 10º andar do Anexo IV da Câmara dos Deputados, em Brasília, de segunda a sexta, das 9:00 as 18:00 horas.

História – Os desenhos e os poemas, feitos por milhares de crianças de Terezín, converteram-se em testemunho da experiência que elas viveram sob o rigor do cruel domínio nazista durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Embora não tivessem material suficiente, pintavam sobre quase qualquer superfície que havia por perto, dispondo de muito pouco giz, de escassas aquarelas e de materiais insuficientes, mas que souberam combinar para formar admiráveis texturas. As crianças pintaram e escreveram para expressar sua saudade do lar, seu abandono, sua tristeza e para compartilhar suas ansiedades, seus temores e suas esperanças, tal como fez Anne Frank em seu diário.
Geralmente desenhavam sob a orientação do artista Fried Dicker-Brandejs, procurando fazer da expressão um ato de consolo e conciliação espiritual. Esses desenhos, na sua maioria, são da autoria de meninas de 10 a 15 anos de idade, mas crianças de outras idades também desenhavam. Formaram-se círculos temáticos, através das lembranças de paisagens, de ruas e cidades, de seus familiares, de flores e animais, de brincadeiras infantis, de imaginação e fantasias e de suas experiências, na infeliz vida dentro do campo de concentração. Tanto esses desenhos como a maior parte de literatura escrita pelas crianças de Terezín, evidenciam a recordação dos lares perdidos e da já distante infância feliz e a amargura de terem sido arrancados de sua vida normal para um mundo desumano de opressão e ódio mortal. Esses poemas foram encontrados nas revistas que as crianças publicaram dentro do gueto, acompanhados muitas vezes de desenhos comoventes.
Das 15 mil crianças desse campo de concentração, somente 100 sobreviveram aos assassinatos em massa promovidos pelo nazismo.

 

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