Roberto de Lucena comemora aprovação, pelo Senado Federal, da proposta de emenda à Constituição sobre a ampliação dos direitos trabalhistas das empregadas domésticas, e demonstra preocupação com a demissão de trabalhadores pela empresa General Motors do Brasil, em São José dos Campos

– Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, inicialmente quero comemorar a aprovação, em segundo turno, no Senado, da PEC das Empregadas Domésticas no dia de ontem.
Mas não trago para esta tribuna apenas a minha manifestação de alegria pelo fato que mencionei. Trago também a minha preocupação com as anunciadas demissões da General Motors em São José dos Campos.
São José dos Campos, cidade polo, cidade importante do Vale do Paraíba, em São Paulo, está vivendo um momento de forte apreensão desde que veio à tona a notícia de que a GM prepara um plano de demissão na fábrica local.
As demissões fazem parte de um programa global da montadora norte-americana, que busca produzir cada vez mais veículos com menos trabalhadores, pagando salários cada vez menores e retirando cada vez mais direitos.
No Brasil, Sr. Presidente, apesar dessa política de demissão e exploração, as montadoras são fartamente privilegiadas pelo Governo Federal. Durante a crise internacional, o Governo deixou de cobrar das montadoras R$26 bilhões em impostos, em razão do pacote de renúncia fiscal.
Esse dinheiro está sendo usado neste momento para custear as demissões. Na verdade, o Governo deveria exigir que as montadoras garantissem a manutenção dos postos de trabalho.
Neste momento, Sr. Presidente, manifesto a minha solidariedade para com os trabalhadores demitidos pela GM e seus familiares, e o faço também em nome da União Geral dos Trabalhadores – UGT.
Espero que o Governo Federal e que esta Casa deem as mãos aos trabalhadores e que a GM reveja as demissões e não vire as costas para São José dos Campos.
Que Deus abençoe o Brasil.
Era o que eu tinha a dizer.
Obrigado, Sr. Presidente.

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