Deputado Roberto de Lucena questiona venda de gás lacrimogêneo para o Bahrein

O vice-líder do Partido Verde na Câmara, deputado federal Roberto de Lucena (SP) solicitou, nesta segunda-feira (28/02), informações sobre a exportação de gás lacrimogêneo fabricado no Brasil para o Bahrein. O requerimento foi enviado ao Ministério da Fazenda, ao Ministério da Defesa e ao Ministério das Relações Exteriores.

Segundo publicações do jornal O Globo, em 9 de janeiro de 2012, durante repressões da polícia a protestos de xiitas contra a monarquia sunita no Bahrein, foi utilizado um gás branco e espesso de fabricação brasileira. Este gás, em alguns casos, levava as pessoas a espumarem pela boca e, infelizmente, levou a óbito um bebê de apenas cinco dias de vida que morava na aldeia de Bilad-Kadim.

O jornal também exibiu imagens das cápsulas com a identificação do lote, a bandeira, a inscrição “Made in Brazil” e a data de fabricação: maio de 2011. A empresa Condor Tecnologias Não Letais, responsável pela fabricação das bombas de gás, negou ter exportado para aquele país e afirmou que seus produtos não causam mortes.

No documento, o deputado Roberto de Lucena questionou os ministérios sobre o modo de controle da Receita Federal a respeito da exportação de produtos como o gás lacrimogêneo e outros armamentos considerados não letais, se possui laboratório próprio para onde possam ser enviadas amostras de produtos químicos para análise, como é feita a fiscalização da saída deste tipo de produto do estabelecimento industrial e se há algum tipo de fiscalização posterior sobre os órgãos e instituições que adquirem estes produtos no mercado interno.

 

Foto: O Globo

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