Deputado Roberto de Lucena volta a lamentar onda de violência contra policiais de São Paulo

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, a solidariedade é uma das marcas da personalidade do povo paulista. É a solidariedade que alivia, Deputada Rosane Ferreira – orgulho do Partido Verde -, o pesado fardo imposto pelas consequências da explosão demográfica descontrolada, desordenada ou das mazelas sociais.
Foi esse o depoimento que ouvi do motorista de táxi Niraldo Gomes, de 50 anos, natural de Sergipe, que está há 39 anos em São Paulo.
É por isso – pelo seu sentimento de solidariedade – que o povo de São Paulo tem reagido, Deputado Amauri Teixeira, inconformado, ao aumento do número de policiais assassinados no Estado em 2012.
A escalada da violência resultou na morte de 91 policiais militares neste ano. Em 37 desses casos, foram encontradas características de execução. Foram mortos apenas pelo fato de serem policiais!
Nesse final de semana, a violência fez, entre os policiais, mais uma vítima: Marta Umbelina. Ela tinha 44 anos. Foi assassinada covardemente em Vila Serralheiro, Zona Norte da Capital paulista, com dez disparos, na frente de sua filha de 9 anos. Recebi informações que confirmaram tratar-se de uma pessoa sensível, humana, digna, honesta e profissional competente.
Solidárias, a associação PMs de Cristo, que capitaneia a iniciativa, e diferentes denominações evangélicas anunciaram e iniciaram um período de 52 dias de oração pela paz, pelo arrefecimento da violência, pela segurança da família, de policiais ou não, em todo o Estado de São Paulo.
Esses 52 dias de oração fazem alusão à história de Neemias, personagem bíblico que, com sua liderança, ajudou a reconstruir as muralhas de Jerusalém, aumentando a segurança da cidade.
Sr. Presidente, quero cumprimentar os PMs de Cristo, na pessoa do Capitão Joel Rocha e do Tenente-Coronel Marcondes Terra, pelo extraordinário trabalho dentro e fora da instituição.
Eles, o nosso amigo motorista de táxi, o Sr. Niraldo, e todos nós queremos outra história para São Paulo, diferente da que temos visto nos últimos dias.
Reconheço o esforço, o empenho e a responsabilidade com que o Governo paulista tem enfrentado essa crise, ainda que setores do Governo não a admitam.
O começo da solução de um problema se dá exatamente quando reconhecemos a existência desse problema.
A verdade é que nossos esforços ainda não têm sido suficientemente eficazes.
Recebo com alívio, Sr. Presidente, o anúncio da parceria entre o Governo de São Paulo e o Governo Federal. Ora, em todos os casos de enfrentamento objetivo desse problema, a parceria entre os Governos Municipal, Estadual e Federal, com a participação da sociedade e a ocorrência de ações conjuntas de inteligência das Polícias Civil, Militar e Federal, foi fundamental. Precisamos estabelecer medidas de emergência para conter a criminalidade, mas também de prevenção, de prospecção de cenários futuros, para que essa crise não se torne sazonal. Essa parceria é bem-vinda, é bendita.
Não há espaços para disputas diante de um quadro como o que temos, mas, sim, para união e mobilização. Só há espaço para uma luta, que é a luta pela não violência e em favor da vida. O povo de São Paulo deseja escrever uma história de paz e conquistas.
Foi essa São Paulo, Sr. Presidente, que o motorista de táxi Niraldo encontrou há 39 anos. É essa São Paulo, segura, solidária, respeitosa e humana, que ele quer deixar para seus filhos e netos.
Que Deus abençoe São Paulo e o Brasil!
Era o que eu tinha a dizer.
Muito obrigado, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados.

Compartilhe:

Receba nossas Informações