Na última terça-feira (09 de outubro), foi lançada na Câmara dos Deputados a campanha “Mulheres e Direitos”, uma iniciativa da UNAIDS – Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/ Aids, a União Europeia, o UNFPA – Fundo de População das Nações Unidas, e a ONU Mulheres – a Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres.Roberto de Lucena defende na Câmara a família, a saúde, a educação e a não violência. De acordo com o parlamentar: “O acesso a informação através das rádios, dos jornais, da televisão e dos folhetos são formas eficazes de conscientizar a sociedade”, afirmou.
A campanha deste ano teve seu ponto de partida em um estudo da Amazonaids, que ouviu a população indígena do Alto Solimões e Vale do Javari, no estado do Amazonas. A pesquisa foi feita com 20 mil indígenas de diferentes tribos locais. Percebendo a necessidade de ampliar o debate sobre a violência doméstica em diferentes segmentos da sociedade, mulheres desses povos também serão alvo da campanha.
Segundo dados do Governo Federal, a cada 5 minutos, uma mulher é agredida no país; a cada 2 horas, uma mulher é assassinada. Em 80% dos casos, o agressor é o marido, companheiro ou namorado.
Com o objetivo principal de contribuir para a conscientização da população brasileira sobre redução da violência contra a mulher, promoção da equidade de gênero e da saúde feminina, foram apresentados durante o evento os produtos de divulgação da campanha: spots de rádio, folder, DVDs, painéis de pano e filmes para televisão. O material estará disponível em português, inglês, espanhol e, pela primeira vez, também em tikuna – idioma indígena falado por mais de 30 mil pessoas no Brasil.
Violência contra a mulher
Violência é o ato de agressão, ou mesmo a omissão que causa sofrimento físico ou psicológico à vítima. A violência contra a mulher pode acontecer em qualquer lugar, na rua ou em casa, no espaço público ou no espaço doméstico, e pode atingir mulheres dentro e fora da família. A violência contra a mulher não é praticada somente por meio de agressão física, como tapas, socos, pontapés, chutes, etc. Existe também violência psicológica, moral, patrimonial e sexual.
A violência contra a mulher produz consequências emocionais devastadoras, muitas vezes irreparáveis, e impactos graves sobre a saúde mental e física da mulher.
Roberto de Lucena lembrou que: “No Brasil, uma em cada cinco mulheres já foi vitima de violência de gênero. De acordo com a ONU Mulheres, de 1997 a 2007, mais de 41 mil mulheres foram assassinadas, entretanto não há estatísticas confiáveis disponíveis. Precisamos trabalhar para erradicar a violência contra as mulheres e proteger seus direitos”, concluiu o parlamentar.
Participaram do evento a ministra-chefe da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, além da embaixadora de Guiné-Bissau no Brasil, Eugénia Pereira Saldanha, a representante do Ministério da Cultura, Ione Maria de Carvalho, além de dDeputados Federais e representantes da sociedade.