Fonte: Guiame, João Neto
Foi recebido pela Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF), na última terça-feira (07/04), o Projeto de Lei 882/2015, de autoria do deputado federal Jean Wyllys, que visa novamente legalizar o aborto.
O texto traz trechos alarmantes, que propõem que a prática do aborto seja permitida em casos, como de adolescentes de 16 a 18 anos, que não precisariam do consentimento de seus pais ou responsáveis (art. 15 / parágrafo 1º) ou até mesmo que a intervenção possa ser realizada na mulher até o 9º mês de gestação.
O texto ainda está em sua fase inicial de tramitação e já foi apensado a outro projeto (313/2007), cujo relator é o deputado João Campos (PSDB-GO), presidente da Frente Parlamentar Evangélica.
O Portal Guiame ouviu parlamentares e militantes pró-vida, que se opõem à aprovação deste projeto. Entre os entrevistados com exclusividade, estão o pastor e deputado federal licenciado Roberto de Lucena (PV-SP).
Ao comentar o projeto, Roberto de Lucena destacou que não vê futura para a proposta de Jean Wyllys no Congresso, pois esta consiste na violação dos Direitos Humanos: “O aborto, em qualquer situação, é uma violação aos direitos de um ser humano em desenvolvimento. A sociedade brasileira decidiu, por meio de seus constituintes, em 1988, tolerar essa crueldade em alguns casos previstos no texto da lei, classificando-o como intolerável nas demais circunstâncias, um crime. Estou certo de que há membros desse parlamento que tem a mesma disposição, e de que essa proposta não sobreviverá no Congresso”.
Roberto de Lucena também assegurou que não se importa de ser classificado como “retrógrado” por defender a vida desde sua concepção. “Todas as vezes que esse assunto volta, de alguma forma, à discussão, os que defendem a não descriminalização são rotulados de fundamentalistas, retrógrados. Eu não me importo com esse carimbo. Defendo a vida desde a sua concepção”, afirmou Roberto de Lucena.
Em resposta às campanhas a favor do aborto, surgiram nas redes sociais manifestações a favor da vida, como a página no Facebook: Precisamos falar sobre o assassinato de bebês.